As Forças de Defesa de Israel (IDF na sigla em inglês) tinham anunciado que o Irão tinha lançado cerca de 180 mísseis contra o território israelita, em retaliação pelos assassínios do líder do movimento islamita palestiniano Hamas, Ismail Haniyeh, do chefe do grupo xiita libanês Hezbollah, Hasan Nasrallah, e de um general iraniano.
De acordo com o exército israelita, a maioria dos mísseis foi intercetada com o apoio dos Estados Unidos, que já garantiu que vai coordenar com os israelitas a resposta a Teerão.
Este foi o segundo ataque do Irão contra Israel desde abril, quando atacou o território israelita pela primeira vez noutra série de bombardeamentos com mísseis e 'drones' (aparelhos aéreos não tripulados).
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, disse na terça-feira à noite que o Irão "cometeu um erro grave" ao atacar o seu país e que "pagará o preço", estando Israel determinado em responsabilizar os seus inimigos.
"O regime iraniano não compreende a nossa determinação em nos defender e responsabilizar os nossos inimigos", frisou o governante, num discurso em vídeo.
"Há pessoas em Teerão que não compreendem isto. Vão compreender. Vamos cingir-nos ao que estabelecemos: quem quer que nos ataque, nós atacamos", garantiu Netanyahu.
Já o ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, sublinhou na rede social X (antigo Twitter) que "o Irão não aprendeu a lição".
"Quem ataca o Estado de Israel paga um preço elevado", frisou.
Israel solicitou na terça-feira à noite uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU, na sequência do ataque iraniano, com o seu embaixador no organismo, Danny Danon, a prometer responder ao ataque do Irão.
"O Irão vai sentir as consequências dos seus atos e vai ser doloroso", observou, depois de sublinhar que o Irão "mostrou ao mundo a sua verdadeira face: a de um Estado terrorista".
Estão em curso intensas consultas no Conselho de Segurança para convocar uma reunião de emergência que o Irão também solicitou no sábado, após a vaga de ataques israelitas contra o sul do Líbano, mas a reunião não se realizou, noticiou a agência de notícias Efe.
Danon pretende que tal reunião do Conselho termine "com uma condenação clara e inequívoca do Irão", enquanto por outro lado criticou o secretário-geral, António Guterres, pela sua reação dececionante pouco depois de tomar conhecimento do ataque iraniano contra Israel.
"Na sua declaração, basicamente ignorou o agressor e apenas falou da escalada", quando recordou que neste caso um Estado-membro atacou outro Estado-membro com mísseis balísticos, o que não foi explicitamente condenado por Guterres.
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