"Temos de destruir o programa nuclear do Irão, o núcleo das suas infraestruturas, e paralisar este regime terrorista", escreveu Naftali Bennett na rede social X.
"Temos a justificação. Temos as ferramentas necessárias. Agora que o Hezbollah e o Hamas estão paralisados, o Irão está exposto", disse Bennett, referindo-se aos ataques israelitas das últimas semanas que dizimaram a liderança do movimento xiita libanês apoiado pelo Irão, o Hezbollah, e à guerra travada por Israel na Faixa de Gaza, em retaliação pelo ataque do Hamas palestiniano em solo israelita, a 07 de outubro de 2023.
Bennett anunciou, em 2022, que se retirou da vida política, mas a hipótese do seu regresso surge regularmente na imprensa israelita.
De acordo com sondagens recentes, aquele ex-primeiro-ministro seria o segundo nas intenções de voto, a seguir a Benjamin Netanyahu, caso fossem convocadas eleições legislativas antecipadas.
Numa declaração separada, o principal líder da oposição de Israel, Yair Lapid, também defendeu que o Irão tem de pagar um "preço elevado" pelo ataque.
"Teerão sabe que Israel está a chegar. A resposta deve ser severa e enviar uma mensagem inequívoca ao eixo terrorista na Síria, no Iraque, no Iémen, no Líbano, em Gaza e no próprio Irão", afirmou Lapid, que também chefiou, por um breve período, o Governo de Israel.
O atual primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, mostrou, na segunda-feira à noite, uma reação idêntica, garantindo que o Irão irá "pagar o preço" do ataque ao território israelita, que considerou "um erro grave".
Há vários anos que tanto Israel como o Ocidente, liderado pelos Estados Unidos, acusam Teerão de querer adquirir armas nucleares, o que a República Islâmica nega, afirmando que o seu programa nuclear é desenvolvido apenas para fins civis.
Israel, que nunca confirmou nem negou a posse de armas atómicas, tem cerca de 90 ogivas nucleares, segundo uma estimativa do Instituto Internacional de Investigação para a Paz de Estocolmo.
O bombardeamento iraniano foi o segundo feito por este país diretamente contra Israel, após um outro realizado em abril em resposta a um ataque aéreo mortal ao consulado iraniano em Damasco, que Teerão atribuiu a Israel.
Desta vez, o ataque visou responder aos assassinatos do líder do grupo islamita palestiniano Hamas, Ismail Haniyeh, do chefe do Hezbollah, Hasan Nasrallah, e de um general iraniano
Segundo as Forças de Defesa de Israel, a maioria dos mísseis foi intercetada com o apoio dos Estados Unidos, que já garantiu que vai coordenar com os israelitas a resposta a Teerão.
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