Vietname condena China por agressão a pescadores no Mar do Sul da China

O Vietname condenou hoje a China, acusando agentes chineses de agrediram 10 pescadores vietnamitas e apreenderam cerca de quatro toneladas de peixe perto das disputadas Ilhas Paracel, no Mar do Sul da China.

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Lusa
03/10/2024 13:25 ‧ 03/10/2024 por Lusa

Mundo

Vietname

Os pescadores informaram pela primeira vez no domingo ter sido agredidos perto das ilhas controladas pela China, mas não identificaram os agressores.

 

Hoje o Ministério dos Negócios Estrangeiros vietnamita responsabilizou as forças da ordem chinesas pelo ataque em alto mar, afirmando que este "violou gravemente a soberania do Vietname nas Ilhas Paracel", o direito internacional e um acordo entre os países sobre gestão das disputas territoriais.

O Vietname transmitiu o protesto ao embaixador chinês em Hanói, exigindo que Pequim respeitasse a sua soberania nas Ilhas Paracel, que iniciasse uma investigação e que fornecesse informações sobre o ataque.

Segundo informações divulgadas pela imprensa estatal vietnamita sobre o incidente, três dos pescadores registaram fraturas e os restantes sofreram outros ferimentos.

Os relatos divulgados descrevem que os pescadores depois de espancados foram obrigados a ajoelhar-se e cobertos com lonas de plástico antes de os agressores partirem.

As Ilhas Paracel situam-se a cerca de 400 quilómetros (250 milhas) da costa oriental do Vietname e aproximadamente à mesma distância da província chinesa de Hainan, no extremo sul. Ambos os países, juntamente com a ilha autónoma de Taiwan, reivindicam as ilhas.

As ilhas têm estado sob o controlo de facto da China desde 1974, quando Pequim as tomou ao Vietname num breve, mas violento conflito naval.

No ano passado, fotografias de satélite mostraram que a China parecia estar a construir uma pista de aterragem na ilha Triton, no grupo Paracel. Na altura, a pista parecia ser suficientemente grande para acomodar aviões turbo-hélice e drones, mas não caças ou bombardeiros.

Há anos que a China possui um pequeno porto e edifícios na ilha, bem como um heliporto e radares.

A China afirmou apenas que o seu objetivo é promover a segurança da navegação global e tem rejeitado acusações, incluindo as dos EUA, de que está a militarizar a passagem marítima.

Leia Também: Vietname exclui ativistas políticos dos quase 3.800 libertados no Dia Nacional

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