A vice-Presidente Kamala Harris juntou-se à chamada, de acordo com a Casa Branca, e o gabinete de Netanyahu confirmou que o primeiro-ministro israelita também falou recentemente com Trump.
O também candidato republicano na corrida a Casa Branca contra Harris, telefonou a Netanyahu na semana passada e "felicitou-o pelas operações intensas e determinadas que Israel realizou contra o Hezbollah", segundo o gabinete de Netanyahu.
"Os líderes mundiais querem falar e reunir-se com o Presidente Trump porque sabem que ele regressará em breve à Casa Branca e restaurará a paz em todo o mundo", disse a porta-voz da campanha de Trump, Karoline Leavitt, numa declaração sobre esta chamada telefónica.
A conversa entre Biden e Netanyahu ocorreu um dia depois das revelações do novo livro do jornalista Bob Woodward, "Guerra", segundo o qual Biden deu a conhecer em privado a sua frustração e desconfiança sobre o líder israelita.
De acordo com relatos no livro do jornalista, Biden chegou mesmo a insultar o primeiro-ministro israelita, sobre as suas ações de guerra em Gaza.
Woodward escreveu que Biden disse sentir que Netanyahu lhe "mentia regularmente".
A conversa de hoje entre os dois líderes aconteceu dois dias após o aniversário do ataque de 07 de outubro de 2023 do Hamas a Israel que levou à guerra em Gaza e que se alastrou a um conflito regional.
Tratou-se da primeira conversa entre Biden e Netanyahu desde 21 de agosto.
Na passada semana, Biden disse que não apoiaria um ataque de retaliação de Israel a locais relacionados com o programa nuclear de Teerão.
Perante este cenário, as opções de Israel vão desde um ataque simbólico -- semelhante à forma como Israel respondeu depois de o Irão ter lançado mísseis e 'drones' em abril -- até atingir instalações petrolíferas e outras infraestruturas.
Desde a última chamada telefónica entre Biden e Netanyahu, há sete semanas, Israel levou a cabo uma campanha de sabotagem e assassinato contra o Hezbollah -- movimento xiita apoiado pelo Irão - no Líbano.
Israel está agora a realizar o que descreveu como operações terrestres limitadas ao longo da sua fronteira norte com o Líbano, para procurar desmantelar o Hezbollah.
Os EUA mantiveram uma presença reforçada de tropas na região, para defender Israel e os interesses norte-americanos no Médio Oriente.
Washington tem-se manifestado cada vez mais junto das autoridades israelitas sobre a necessidade de serem mantidos informados sobre a sua tomada de decisões para garantir a proteção das forças dos EUA.
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