EUA preocupados com exercícios militares da China ao largo de Taiwan

Os Estados Unidos demonstraram hoje "séria preocupação" face às manobras militares de Pequim ao largo de Taiwan, considerando os exercícios provocações bélicas injustificadas com risco de agravamento.   

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© Johannes Neudecker/picture alliance via Getty Images

Lusa
14/10/2024 12:42 ‧ 14/10/2024 por Lusa

Mundo

Taiwan

"Apelamos à República Popular da China para que atue com contenção e evite quaisquer outras ações suscetíveis de comprometer a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan e em toda a região", disse hoje Matthew Miller, porta-voz do Departamento de Estado norte-americano.

 

O mesmo responsável disse ainda que Washington continua a acompanhar as atividades da República Popular da China em coordenação com "aliados e parceiros" dos Estados Unidos.

Para os Estados Unidos, a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan são essenciais para a prosperidade regional e constituem uma questão de interesse internacional. 

Através das redes sociais o porta-voz comunicou ainda que os Estados Unidos reiteram a política "de longa data de uma só China, orientada pela Lei das Relações com Taiwan".

A República da China (ROC/Taiwan) detetou hoje 125 aviões militares da República Popular da China perto da ilha, depois de Pequim ter lançado novas manobras militares.

O Ministério da Defesa de Taipé destacou hoje que a presença da força de Pequim atingiu um valor máximo para um único dia, referindo-se ao número de aviões militares.

"Os 125 aviões são de facto um recorde para um único dia", disse o tenente-general Hsieh Jih-sheng, do Ministério da Defesa de Taiwan em conferência de imprensa em Taipé.

Pequim está a levar a cabo hoje uma nova série de manobras militares em torno de Taiwan enviando aviões e também navios de guerra.

Trata-se da mais recente demonstração de força de Pequim, que considera Taiwan como parte do território da República Popular da China.

Os nacionalistas do Kuomintang liderados por Chiang Kai-seck refugiaram-se em Taiwan (Formosa) após a vitória dos comunistas chefiados por Mao Tsé-tung na guerra civil que terminou em 1949. 

Desde o final de 2016, após eleição de Tsai Ing-wen,  do Partido Democrático Progressista (DPP), pró independência, como chefe de Estado de Taiwan, a República Popular da China aumentou o número de incursões de aviões de guerra na Zona de Defesa Aérea (ADIZ) da República da China.

Atualmente, Pequim posiciona aviões e navios de guerra quase diariamente em torno de Taiwan.

No final de setembro, um total de 72 aeronaves e oito navios de guerra de Pequim foram detetados nas imediações de Taiwan, num contexto de passagem de navios militares e ocidentais pelo Estreito de Taiwan.

 

Leia Também: Taiwan? Japão pronto para qualquer evolução face a manobras da China

 

 

 

 

 

 

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