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Nancy Pelosi "muito desiludida" com Israel por mortes em Gaza

A antiga presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos Nancy Pelosi declarou-se hoje "muito desiludida" com Israel pela morte excessiva de civis palestinianos na Faixa de Gaza na resposta militar ao ataque do Hamas. 

Nancy Pelosi "muito desiludida" com Israel por mortes em Gaza
Notícias ao Minuto

14/10/24 18:21 ‧ Há 1 Hora por Lusa

Mundo Médio Oriente

"Continuamos a apoiar Israel, mas não as mortes de tantas pessoas, tantos danos colaterais. Há quem diga que os israelitas estão a tomar grandes precauções. Bem, claramente, não é suficiente", lamentou Pelosi, manifestando-se "muito desiludida" durante um evento organizado hoje pelo centro de estudos britânico Chatham House, em Londres.

 

Mesmo considerando "horrível" a morte de cerca de 1.200 pessoas e a tomada de 250 reféns pelo grupo islamita palestiniano Hamas durante o ataque de 07 de outubro de 2023, a dirigente democrata norte-americana defendeu que a "reação com os danos colaterais aos civis em Gaza é uma tragédia muito triste". 

A retaliação de Israel matou mais de 42.000 palestinianos, segundo o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, controlado pelo Hamas.

A presidente emérita da Câmara dos Representantes norte-americana (câmara baixa do Congresso) reiterou que defende, juntamente com o Presidente Joe Biden, "uma solução de dois Estados onde os povos destes países possam viver em paz", mas não acredita que tal seja possível enquanto Benjamin Netanyahu continuar como primeiro-ministro.

"Não com Netanyahu. Não, acho que ele nunca acreditou na paz ou numa solução de dois Estados", afirmou.

Pelosi entende que a situação "não pode continuar assim" e sugeriu que o próximo Presidente dos EUA, "com amizade a Israel, com respeito por todas as partes envolvidas, tem de ser muito claro quanto à perda de vidas".

Sobre as eleições presidenciais nos EUA em 05 de novembro, Nancy Pelosi admite que vão ser renhidas entre os dois candidatos, a Democrata Kamala Harris e o Republicano Donald Trump.  

A dirigente democrata antecipa uma grande participação, com destaque para as mulheres. 

"A afluência vai ser tremenda. Agora, mais uma vez, está tudo renhido porque vamos ganhar o voto popular. Não há dúvidas quanto a isso. A questão é: no Nevada, no Arizona, na Geórgia, na Pensilvânia, no Michigan e no Wisconsin, será que ganhamos o suficiente nesses estados para ganhar o colégio eleitoral?", questionou. 

Elogiando o legado de Joe Biden, Pelosi enalteceu Harris como sendo alguém "que se preocupa com as pessoas", que "conhece a política, conhece a estratégia, é eloquente na apresentação, é forte e, politicamente, é muito astuta". 

Defensora que os candidatos devem ser julgados pelo respetivo mérito, mostrou-se "contente por ela não se estar a apresentar e a dizer que deveria ganhar por ser mulher". 

"Será a cereja em cima do bolo quando ela ganhar, será tão fabuloso e tão maravilhoso. Mas não é essa a questão. A questão é que ela é a melhor pessoa para o cargo. Acontece que ela é uma mulher e acontece que ela é uma mulher de cor. Mas essa não é a razão para votar nela. O voto nela é o que significa, na vida das pessoas, votar num democrata ou num republicano nestas eleições", enfatizou.

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