Najib Mikati pronto para reforçar efetivos militares no sul do Líbano

O primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, garantiu hoje estar pronto para aumentar o número de efetivos do exército no sul do país alegando que as forças israelitas estão a fazer breves incursões nesta região fronteiriça, um reduto do Hezbollah.

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© Popow/ullstein bild via Getty Images

Lusa
15/10/2024 13:59 ‧ 15/10/2024 por Lusa

Mundo

Médio Oriente

"Atualmente, temos 4.500 soldados no sul e queremos aumentar esse número para 7.000 a 11.000", disse o chefe do executivo libanês, em declarações à agência noticiosa France-Presse (AFP), realçando que o exército israelita leva a cabo "breves incursões" na região fronteiriça com o Líbano.

 

Embora o exército israelita afirme que está a realizar incursões terrestres no Líbano desde 30 de setembro, o primeiro-ministro libanês disse que tem havido "avanços e recuos".

À AFP, Najib Mikati também falou de "esforços sérios" da comunidade internacional para impor um cessar-fogo, enquanto Israel trava uma guerra aberta contra movimento xiita libanês pró-iraniano Hezbollah há mais de três semanas.

"O Estado libanês está pronto a impor a sua soberania sobre todo o território libanês", em conformidade com as resoluções internacionais, incluindo a 1701 das Nações Unidas, que estipula que apenas o exército e as forças de manutenção da paz devem ser destacados para o sul do país, afirmou o governante.

Mikati anunciou também que o Governo tomou medidas de segurança reforçadas no aeroporto internacional de Beirute para "eliminar qualquer pretexto" para Israel o atingir.

As medidas de segurança reforçadas estão em vigor há uma semana no aeroporto, que se situa nas imediações dos subúrbios do sul de Beirute, área que também é um reduto do Hezbollah.

No final de setembro, o exército israelita acusou o Irão de tentar enviar armas para o seu aliado Hezbollah através do aeroporto de Beirute e afirmou que iria impedir essas tentativas.

No início deste mês, o ministro dos Transportes libanês, Ali Hamié, afirmou, também em declarações à AFP, que rejeitava as acusações israelitas de que estavam a ser enviadas armas para o Hezbollah através do aeroporto e dos postos fronteiriços libaneses.

Israel e Hezbollah estão envolvidos num intenso fogo cruzado diário desde outubro de 2023, após o ataque do grupo islamita palestiniano Hamas em solo israelita que desencadeou a atual guerra na Faixa de Gaza, levando a que dezenas de milhares de pessoas tenham abandonado as suas casas em ambos os lados da fronteira israelo-libanesa.

Os ataques de Israel contra o Hezbollah intensificaram-se de forma substancial nas últimas semanas, com bombardeamentos constantes das forças israelitas, que também têm efetuado incursões terrestres.

Leia Também: Israel decidirá sozinho quais os alvos a atingir no Irão, diz Netanyahu

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