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Zelensky estabiliza popularidade apesar de avanços russos

A confiança dos ucranianos no seu Presidente, Volodymyr Zelensky, estabilizou em níveis relativamente elevados após uma queda no início do ano, numa fase em que se registam mais avanços das forças russas no leste do país.

Zelensky estabiliza popularidade apesar de avanços russos
Notícias ao Minuto

15/10/24 18:53 ‧ Há 2 Horas por Lusa

Mundo Ucrânia

Segundo uma pesquisa do Instituto Internacional de Sociologia de Kiev (IISK), 59% manifestam o seu apoio a Zelensky e a maioria continua otimista quanto ao desfecho da guerra com a Rússia, iniciada com a invasão das tropas de Moscovo em fevereiro de 2022.

 

A confiança em Zelensky está amplamente alinhada com o apoio à sua visão de pôr fim à guerra, de acordo com o IISK, e é mais elevada entre aqueles que se opõem a fazer quaisquer concessões à Rússia.

Na segunda-feira, o Presidente ucraniano disse que espera tornar público esta semana o seu "plano de vitória" com que espera encerrar o confronto com a Rússia.

"Esta semana, apresentaremos a todos os nossos parceiros na Europa a nossa estratégia para obrigar a Rússia a levar esta guerra a um fim justo", afirmou Zelensky.

De acordo com a pesquisa do IISK, para 81% dos cerca de dois mil ucranianos inquiridos entre 20 de setembro e 03 de outubro em todas as regiões do país (exceto as que se encontram sob controlo russo), com o apoio adequado dos aliados ocidentais, o seu país pode recuperar a maior parte, se não a totalidade, dos territórios ocupados e obter garantias de segurança contra uma nova invasão russa.

Os resultados refletem também o impacto dos acontecimentos no campo de batalha, em que a complicada situação na frente no leste do país, a lenta chegada de armas dos aliados e a mobilização em curso pesam na popularidade do Presidente, de acordo com o instituto.

O governador da região de Kharkiv, no nordeste da Ucrânia, informou hoje que as autoridades ordenaram a retirada de todos os restantes civis em algumas localidades da zona de Kupiansk, incluindo a cidade com o mesmo nome.

"A situação militar está a deteriorar-se, porque não podemos garantir o aquecimento na estação fria, o fornecimento de eletricidade, o fornecimento de ajuda humanitária", disse aos jornalistas o governador, Oleg Sinegubov, citado pela agência Ukrinform.

"O inimigo está a bombardear infraestruturas essenciais e a reparação é impossível neste momento", indicou ainda o governador.

Kupiansk, com cerca de 20 mil habitantes antes do início da guerra, bem como os municípios vizinhos de Kindrasivska, Kurilivska e Petropavlosk, chegou a ser ocupada pelas forças russas no início da invasão, tendo sido repelidas seis meses mais tarde, mas a região permanece uma frente ativa de combate desde então.

As tropas russas têm avançado nas últimas semanas não só no eixo de Pokrovsk, na região de Donetsk, no leste da Ucrânia, mas também na parte nordeste de Kharkiv.

Segundo estimativas do Ministério da Defesa britânico, os russos estão a tentar chegar ao rio Oskil para o utilizar como barreira natural e criar uma defesa para as suas futuras operações na zona.

Após mais de dois anos e meia de guerra, o Conselho da Europa declarou hoje que a Rússia procura "apagar a identidade histórica e cultural da Ucrânia".

Numa declaração sobre a destruição do património cultural na Ucrânia, o Congresso das Autoridades Locais e Regionais do Conselho da Europa voltou a "condenar a guerra de agressão em curso contra a Ucrânia" e reafirmou o "compromisso inabalável" com a sua independência, soberania e integridade territorial.

"Dado que mais de mil locais culturais foram danificados ou destruídos desde o início da guerra, o Congresso enfatizou que o ataque e a pilhagem de locais culturais parecem refletir uma política sistemática destinada a apagar a identidade histórica e a cultura da Ucrânia, semelhante a uma ação genocida ", segundo a declaração adotada hoje.

A Rússia também integrava o Conselho da Europa, mas foi excluída em março de 2022, poucas semanas após a sua agressão à Ucrânia.

"A Federação Russa deve pagar uma indemnização pelos danos causados ao património histórico, cultural e religioso", reiterou o Conselho da Europa, que estabeleceu no início de abril um registo de ocorrências russas infligidas contra a Ucrânia.

Leia Também: Irão cancela voos para UE em resposta a sanções por ajudas à Rússia

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