"A UE tem de estar pronta para usar todas as ferramentas, toda a nossa capacidade diplomática, todas as medidas para apoiar o povo da Venezuela na sua luta democrática desde agora e até Maduro se tornar oficialmente Presidente", referiu Borrell, em declarações à entrada para o Conselho Europeu.
O alto representante para a Política Externa da UE insistiu que os resultados das eleições no país não serão reconhecidos sem verificação.
"[Nicolas] Maduro não será reconhecido como Presidente democraticamente eleito se os resultados não foram verificados, o que, até agora, não aconteceu", salientou.
A Venezuela, país que conta com uma expressiva comunidade de portugueses e de lusodescendentes, realizou eleições presidenciais a 28 de julho, após as quais o Conselho Nacional Eleitoral atribuiu a vitória a Maduro com pouco mais de 51% dos votos, enquanto a oposição afirmou que o seu candidato, o antigo diplomata Edmundo González Urrutia obteve quase 70% dos votos.
Caracas, 16 out 2024 (Lusa) -- O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro disse ter recebido um convite da Assembleia Nacional (AN, parlamento) para tomar posse como chefe de Estado reeleito.
"Recebi um convite da direção da AN para prestar juramento como Presidente para o período 2025 - 2031, no próximo dia 10 de janeiro (...) e confirmo publicamente que recebi a carta de convite e que estarei formalmente presente", disse na terça-feira na televisão estatal.
A Venezuela, país que conta com uma expressiva comunidade de portugueses e de lusodescendentes, realizou eleições presidenciais a 28 de julho, após as quais o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) atribuiu a vitória a Maduro com pouco mais de 51% dos votos, enquanto a oposição afirmou que o seu candidato, o antigo diplomata Edmundo González Urrutia obteve quase 70% dos votos.
A oposição venezuelana e diversos países da comunidade internacional denunciaram uma fraude eleitoral e exigiram que sejam apresentadas as atas de votação para uma verificação independente, o que o CNE diz ser inviável devido a um ciberataque de que alegadamente foi alvo.
Os resultados eleitorais foram contestados nas ruas, com manifestações reprimidas pelas forças de segurança, com o registo de mais de duas mil detenções e de mais de duas dezenas de vítimas mortais.
Maduro anunciou esta semana que tomará posse para o terceiro mandato no dia 10 de janeiro.
A líder da oposição no país, María Corina Machado, e o candidato que reclama vitória sobre Maduro, Edmundo González Urrutia, estão entre os finalistas do Prémio Sakharov para a Liberdade de Pensamento atribuído pelo Parlamento Europeu.
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