Numa decisão emitida na noite de quinta-feira, a juíza Tanya Chutkan negou um pedido da equipa jurídica da defesa para manter em segredo os documentos do procurador Jack Smith até depois das eleições de 05 de novembro, em que Trump pretende ser eleito presidente pela segunda vez.
As cerca de 2.000 páginas, a maioria dos quais com elementos censurados, incluem publicações de Trump na rede social X, bem como documentos escritos pelo advogado do ex-presidente e antigo conselheiro John Eastman.
Incluem também entrevistas com colaboradores de Trump realizadas pela comissão do Congresso que investiga o ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021.
Nesse dia, cerca de 10 000 pessoas - na sua maioria apoiantes de Trump - marcharam no Capitólio e oito centenas invadiram o edifício quando a vitória de Joe Biden nas eleições estava a ser certificada.
No total, acredita-se que cinco pessoas tenham sido mortas e cerca de 140 agentes tenham sido feridos no âmbito do ataque.
O antigo presidente está a ser investigado por conspirar para obstruir a vitória de Biden após as eleições de 2020.
Os documentos fazem parte da tentativa de Smith de retomar o caso depois de o Supremo Tribunal, com maioria de juízes nomeados por executivos republicanos, ter decidido que Trump goza de imunidade parcial por crimes que possa ter cometido enquanto presidente.
Na sequência da decisão de julho do Supremo Tribunal foi ordenada a revisão do processo.
Smith apresentou uma nova acusação a 27 de agosto, mantendo as quatro acusações anteriores contra ele, incluindo conspiração para obstruir um processo oficial, mas restringindo as alegações de modo a cumprir a decisão.
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