China "acompanhou de perto" navios dos EUA e Canadá no estreito de Taiwan

A China continua em "alerta máximo" após a travessia do Estreito de Taiwan, no domingo, por navios militares dos Estados Unidos e do Canadá, informou hoje o Comando do Teatro Oriental do Exército de Libertação Popular.

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Lusa
21/10/2024 09:38 ‧ 21/10/2024 por Lusa

Mundo

Taiwan

"O contratorpedeiro norte-americano Higgins e a fragata canadiana Vancouver atravessaram o Estreito de Taiwan no dia 20 de outubro", afirmou Li Xi, porta-voz do comando, que disse que as forças navais e aéreas do Exército chinês "acompanharam de perto" a travessia e responderam ao incidente de acordo com as leis existentes.

 

Li Xi sublinhou que "o Exército de Libertação Popular mantém-se sempre em alerta máximo e salvaguarda firmemente a soberania e a segurança nacionais, bem como a paz e a estabilidade regionais".

A China considera a presença de navios militares estrangeiros na zona como uma provocação e uma ameaça à estabilidade no Estreito de Taiwan, o que, segundo as suas autoridades, aumenta as tensões regionais.

Há uma semana, o Exército chinês concluiu manobras militares em torno de Taiwan, simulando um bloqueio do território, em resposta às declarações do líder taiwanês, William Lai, que afirmou que "a China não tem o direito de representar" a ilha, descrevendo-a como uma terra de "liberdade" e "democracia".

Pequim reafirmou na semana passada, após a conclusão dos exercícios militares, que "não renunciará ao uso da força" contra Taiwan, condenando as "forças separatistas" da ilha e a ingerência estrangeira, como a dos Estados Unidos.

O exercício da semana passada é a quinta vez que a China recorre a este tipo de manobras desde 2022, altura em que realizou o primeiro exercício deste calibre em resposta à visita da então presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, a Taiwan, que enfureceu Pequim e elevou as tensões entre as duas margens do estreito a níveis nunca vistos em décadas.

A ilha é uma das principais fontes de fricção entre Pequim e Washington, uma vez que os EUA são o principal fornecedor de armas de Taiwan e poderiam intervir para defender o território em caso de conflito.

Taiwan - para onde o exército nacionalista chinês se retirou depois de ter sido derrotado pelas tropas comunistas na guerra civil - é governada de forma autónoma desde 1949, embora a China reivindique a soberania sobre a ilha, que considera uma província sua.

Leia Também: Navios dos EUA e do Canadá no estreito de Taiwan após manobras da China

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