Rússia "não conseguiu" comprometer referendo e eleições na Moldova

Os EUA saudaram hoje o referendo sobre a adesão da Moldova à União Europeia (UE) e salientaram que "a Rússia não foi capaz" de impedir a votação no país, apesar de esforços "árduos" nesse sentido.

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Lusa
21/10/2024 19:30 ‧ 21/10/2024 por Lusa

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EUA

"A democracia é forte na Moldova, tal como a vontade do povo moldavo de avançar para a integração europeia", comentou John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, após a vitória renhida do 'sim' num referendo sobre a adesão da ex-república soviética à União Europeia, e antes da segunda volta das eleições presidenciais do país, marcada para 03 de novembro.

 

O "sim" à inclusão da adesão à UE como um objetivo nacional na Constituição da Moldova obteve 50,45%, segundo os últimos dados apresentados hoje pela Comissão Eleitoral Central (CEC).

A CEC indicou tratar-se de resultados que correspondem a 99,59% dos votos, faltando ainda concluir a contagem dos votos do estrangeiro.

A Moldova candidatou-se à adesão à UE em março de 2022, tendo-lhe sido concedido o estatuto de país candidato em junho do mesmo ano.

Em dezembro de 2023, a UE decidiu iniciar as negociações de adesão.

No domingo, o referendo sobre o princípio de adesão à UE decorreu em simultâneo com a primeira volta das eleições presidenciais na Moldova.

Na primeira volta, a atual Presidente moldava, Maia Sandu (pró-europeia), ficou em primeiro lugar, com cerca de 42% dos votos, e irá agora disputar uma segunda volta, prevista para 03 de novembro, com o candidato pró-russo Alexander Stoianoglo, que obteve cerca de 26% dos votos.

Após o início do escrutínio, no domingo, Maia Sandu denunciou a existência de uma fraude e uma interferência russa.

Em declarações hoje, Sandu afirmou que o povo da antiga república soviética "expressou a sua vontade" e optou pela via europeia.

Com cerca de 2,5 milhões de habitantes, a Moldova situa-se entre a Roménia e a Ucrânia.

A região separatista moldava da Transnístria ganhou destaque após o início da guerra na Ucrânia (em fevereiro de 2022) devido aos laços com a Rússia e à sua importante posição geoestratégica.

Kyiv chegou mesmo a denunciar alegadas incursões russas na Ucrânia ocidental a partir da região separatista.

A Rússia mantém um contingente de 1.500 soldados na Transnístria, cujos separatistas pró-Moscovo controlam o território desde a guerra civil na Moldova, em 1992.

Leia Também: Borrell felicita Moldova por vencer "ameaças híbridas" russas

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