Durante uma entrevista no canal de notícias LCI, Lecornu manifestou o "medo" de "uma guerra civil iminente no Líbano".
Lecornu baseou a preocupação no elevado número de pessoas deslocadas e nas "dinâmicas inter-religiosas que são muito fortes", pelo que "o Líbano pode desmoronar-se completamente, ainda mais do que já está".
O governante francês reconheceu que o enfraquecimento da milícia xiita libanesa Hezbollah, apoiada pelo Irão e armada, "é uma boa notícia".
Paris vai acolher na quinta-feira uma conferência internacional para reunir ajuda humanitária para o Líbano, mas também para apoiar o exército libanês com mais recursos.
A sucessão de ataques de Israel contra o Hezbollah em solo libanês e outros alvos apanhou o Líbano no meio de uma longa e grave crise política, sem presidente desde o fim do mandato de Michel Aoun, em outubro de 2022, devido à falta de acordo entre as diferentes forças políticas.
A crise política ainda não foi resolvida, apesar da mediação francesa do Presidente Emmanuel Macron.
O Líbano viveu uma guerra civil sangrenta entre 1975 e 1990, principalmente devido ao confronto entre várias correntes religiosas (cristãos, drusos e muçulmanos - xiitas e sunitas), a que se juntaram os palestinianos que se tinham refugiado no país, e na qual intervieram também os vizinhos Israel e Síria.
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