Lula defende na cimeira dos BRICS conversações para paz na Ucrânia

O Presidente brasileiro, Luís Inácio Lula da Silva, defendeu hoje conversações de paz para por fim à guerra na Ucrânia, durante a sua participação, por videoconferência, na cimeira do bloco das principais economias emergentes (BRICS).

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Lusa
23/10/2024 12:54 ‧ 23/10/2024 por Lusa

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"news_bold"> "Evitar uma escalada e iniciar negociações de paz também é crucial no conflito entre a Ucrânia e a Rússia", disse Lula nas palavras finais do seu discurso para os participantes na cimeira, que decorre na cidade russa de Kazan.

 

O governante brasileiro, que juntamente com o seu homólogo chinês Xi Jinping está a promover uma iniciativa de paz, que a Ucrânia já rejeitou, fez esta referência ao conflito em solo europeu depois de falar sobre a guerra que Israel lançou na Faixa de Gaza e no Líbano contra o grupo armado palestiniano Hamas e o Hezbollah libanês.

"Numa altura em que estamos perante duas guerras com potencial para se tornarem globais, é fundamental resgatar a nossa capacidade de trabalhar em conjunto para objetivos comuns", sublinhou o líder brasileiro.

Na sua participa, por videoconferência, a partir de Brasília, Lula disse ainda que "chegou o momento de avançar" na criação de um sistema de pagamentos alternativo que permita aos países emergentes não utilizarem o dólar nas suas trocas.

Lula defendeu que o novo sistema de pagamentos deve refletir as aspirações de um mundo multipolar que os países emergentes defendem.

"Chegou o momento de avançarmos na criação de meios de pagamento alternativos para as transações entre os nossos países. Não se trata de substituir as nossas moedas. Mas temos de trabalhar para garantir que a ordem multipolar a que aspiramos se reflita no sistema financeiro internacional", afirmou.

Lula cancelou a sua viagem à Rússia por recomendação médica, depois de ter sofrido uma queda na sua residência, no sábado, que lhe provocou um corte na nuca, que exigiu cinco pontos.

A cimeira de Kazan é a primeira do grupo de economias emergentes após o seu alargamento de cinco para nove membros em janeiro.

Após a reunião em formato reduzido, os países BRICS - Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Irão, Egito, Emirados Árabes Unidos e Etiópia - sentar-se-ão à mesa com representantes de cerca de 20 Estados convidados para o evento, incluindo a Turquia, a Bolívia, a Venezuela e a Nicarágua.

No final da cimeira, os líderes dos BRICS adotarão uma declaração conjunta sobre uma série de questões globais, incluindo o conflito na Ucrânia.

O grupo BRICS, fundado informalmente em 2006 e que realizou a sua primeira cimeira em 2009, inclui países que representam cerca de um terço da economia mundial e mais de 40% da população global.

Analistas internacionais sublinharam que nesta cimeira, o Presidente russo, Vladimir Putin, quer mostrar ao mundo que a Rússia não está tão isolada como o Ocidente tem afirmado, ao mesmo tempo que pretende abrir caminho para a formação de uma nova frente global que pretende desafiar a hegemonia dos Estados Unidos.

Leia Também: Putin conversa por telefone com Lula após este falhar cimeira dos BRICS

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