O Ministério da Defesa russo indicou em comunicado na rede Telegram que "unidades do grupo de forças do Sul libertaram a cidade de Serebrianka", enquanto o grupo do Centro assumiu o controlo de Nikolaevka.
Segundo o Ministério da Defesa, estas unidades "continuam a avançar nas profundezas das defesas inimigas", depois de terem tomado dezenas de localidades de Donetsk nos últimos meses.
Kiev não comentou ainda o anúncio da Rússia.
As regiões de Donetsk e Lugansk (leste) e de Kherson e Zaporijia (sul) foram declaradas províncias ucranianas anexadas por Moscovo, embora as suas tropas ocupem apenas parcialmente cada uma delas e a comunidade internacional não o reconheça, à semelhança do que sucede desde 2014 com a península da Crimeia.
A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após a desagregação da antiga União Soviética - e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.
A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kiev têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.
Já no terceiro ano de guerra, as Forças Armadas ucranianas confrontaram-se com falta de soldados e de armamento e munições, apesar das reiteradas promessas de ajuda dos aliados ocidentais, que começaram entretanto a concretizar-se.
As negociações entre as duas partes estão completamente bloqueadas desde a primavera de 2022, com Moscovo a continuar a exigir que a Ucrânia aceite a anexação de uma parte do seu território, e a rejeitar negociar enquanto as forças ucranianas controlem a região russa de Kursk, parcialmente ocupada em agosto.
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