A reunião vai ter lugar às 15h00 de Nova Iorque (19h00 em Lisboa), e o pedido feito pelo Irão é apoiado pela Argélia, pela China e pela Rússia, disse a presidência aos jornalistas, citada pela AFP.
O chefe da diplomacia iraniana convocou o encontro com urgência para condenar os ataques israelitas de sábado contra a República Islâmica do Irão.
O ataque, concebido por Telavive como retaliação pelo bombardeamento iraniano do território israelita, deixou pelo menos quatro soldados iranianos mortos e danos materiais em instalações militares nas províncias de Teerão, Khuzistão e Ilam.
O ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Abbas Araghchi, acabou por enviar uma carta formal ao secretário-geral da ONU, António Guterres, para denunciar os ataques e solicitar uma reunião urgente do Conselho de Segurança, o órgão executivo máximo das Nações Unidas, "com o objetivo de abordar esta grave violação e ações ilegais e garantir a responsabilização deste regime criminoso", referindo-se a Israel.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou hoje que o ataque aéreo realizado no sábado contra alvos militares iranianos foi "preciso e poderoso" e "alcançou todos os seus objetivos".
Netanyahu fez esta primeira declaração pública sobre a ofensiva durante uma cerimónia comemorativa do primeiro aniversário hebraico do ataque do Hamas no sul de Israel.
O governante falava um dia depois de aviões de guerra israelitas terem atingido vários alvos militares no Irão, em retaliação por um ataque iraniano com mísseis balísticos contra Israel no início de outubro.
Ainda não é claro quantos locais no total foram alvo do ataque israelitas, mas imagens de satélite mostram danos em duas bases militares iranianas secretas.
Alguns dos edifícios danificados situavam-se na base militar iraniana de Parchin, onde a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) suspeita que o Irão tenha realizado no passado testes que poderiam desencadear uma arma nuclear.
Há muito que o Irão insiste que o seu programa nuclear é pacífico, embora a AIEA, as agências de inteligência ocidentais e outras entidades digam que Teerão teve um programa de armas ativo até 2003.
Os outros danos podem ser observados na base militar vizinha de Khojir, que, segundo os analistas, esconde um sistema de túneis subterrâneos e locais de produção de mísseis.
[Notícia atualizada às 16h59]
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