"A Venezuela repudia o ataque perpetrado contra o ex-Presidente Evo Morales [...]. Este ato abominável constitui um ato de violência fascista que visa injetar violência e ódio político na sociedade boliviana", escreveu o Ministério dos Negócios Estrangeiros venezuelano, num comunicado.
De igual modo, o Governo venezuelano saudou o início das investigações do incidente por parte das autoridades bolivianas, dizendo esperar que sirvam para "esclarecer este ataque à integridade física do ex-Presidente, que perturba a tranquilidade dos cidadãos".
O Governo venezuelano manifestou ainda a sua solidariedade aos responsáveis do Movimento pelo Socialismo, ao mesmo tempo que reiterou a sua "fraternidade e amizade com o povo irmão boliviano".
O ex-Presidente da Bolívia Evo Morales denunciou hoje que o veículo que o transportava para a estação de rádio onde apresenta um programa de rádio semanal foi baleado 14 vezes por desconhecidos.
Morales disse à rádio Kawsachun Coca que a perseguição da viatura por outras duas, nas quais seguiam os agressores, ocorreu às 06:25 locais (10:25 em Lisboa), no percurso entre a localidade de Villa Tunari e Lauca Eñe, no Trópico de Cochabamba.
O antigo chefe de Estado boliviano afirmou que, após se ter apercebido de que estava a ser seguido, o motorista desviou a rota, mas a perseguição não parou.
O incidente ocorre quando se assinalam duas semanas do bloqueio indefinido de estradas que os seguidores de Morales mantêm para exigir que o Governo retire os processos judiciais por tráfico de pessoas e violação estatutária contra o antigo chefe de Estado, que consideram parte de uma perseguição política.
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