Uma mulher passou a noite numa prisão masculina, na Escócia, após as autoridades locais, alegadamente, a terem confundido com um homem. Na sequência do acontecimento, foi aberta uma investigação policial ao sistema judiciário.

A polícia escocesa encontra-se a investigar as causas que levaram a que o género da mulher fosse incorretamente identificado e que a fizeram ficar detida nas instalações masculinas, em vez da única prisão feminina do país, depois de ter comparecido no Tribunal do xerife de Kirkcaldy, a 21 de outubro.

Um porta-voz das autoridades divulgou que a mulher foi detida sob custódia dos serviços prisionais escoceses, na passada segunda-feira, com "informação incompleta sobre o seu género". "Estamos a rever o nosso procedimento de custódia para garantir que isto não volta a acontecer", avançou ainda.

Uma fonte do sistema de justiça revelou ao jornal The Telegraph que "uma suposição foi feita com base na aparência de uma pessoa e nada mais", e revela que "foi apenas quando os funcionários da prisão realizaram uma busca mais minuciosa que se descobriu que faltavam ao prisioneiro algumas partes essenciais que se espera que um homem tenha".

O sistema judiciário escocês esteve recentemente envolvido em controvérsia sobre este tópico quando Isla Bryson, detida por violação e que fez a transição para mulher após ter agredido outras duas, foi inicialmente alojada numa prisão feminina antes da sua sentença em 2023.

Este episódio levou a que o Serviço Prisional Escocês atualizasse a sua política de admissão em dezembro do ano passado, e esclareceu que as pessoas seriam admitidas com base no seu género à nascença.

"Os direitos, a segurança, e bem-estar de todos os indivíduos, incluindo os recém-admitidos aos nossos cuidados, são uma prioridade fundamental", disse um porta-voz do serviço prisional do país que recusou comentar as circunstâncias individuais desta mulher. Sublinhou, no entanto, que as autoridades têm procedimentos para manter as pessoas seguras quando são admitidas sob custódia.

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