O ministro iraniano Abbas Araghchi e o homólogo saudita, Faisal bin Farhan, mantiveram uma conversa telefónica na qual alertaram para as possíveis repercussões de uma escalada a nível regional e reiteraram a necessidade de se adotarem medidas de contenção, após o ataque de sábado perpetrado por Israel contra o território iraniano em resposta ao lançamento de 'rockets'.
Uma posição confirmada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) saudita, que condenou os ataques em que morreram pelo menos quatro soldados iranianos e um civil.
"O reino da Arábia Saudita expressa a sua condenação e denúncia" em relação aos ataques israelitas, indicou o ministério, que reiterou a sua "firme posição de rejeição da escalada do conflito na região".
"Isto ameaça a segurança e a estabilidade dos países e dos povos", sustentou, enquanto o Governo iraniano insistiu que utilizará "todas as ferramentas disponíveis" para responder aos bombardeamentos de sábado por Israel contra o país.
"Utilizaremos todas as ferramentas disponíveis para responder de forma decisiva à agressão do regime", afirmou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Esmaeil Baqaei, que sustentou que "o tipo de resposta será adotado em função do tipo de ataque", sem adiantar mais pormenores sobre o assunto.
As palavras de Baqaei surgem horas depois de o comandante da Guarda Revolucionária do Irão, Hosein Salami, ter avisado Israel que enfrentará "consequências amargas e inimagináveis" devido aos seus bombardeamentos a que chamou "ilegítimos e ilegais".
O ataque de sábado, que constituiu uma retaliação de Telavive pelo lançamento, no início de outubro, de mísseis balísticos a partir do Irão para território israelita, provocou pelo menos quatro soldados iranianos mortos e danos materiais em instalações militares nas províncias de Teerão, Khuzistão e Ilam.
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