Presidente iraniano felicita novo líder do Hezbollah pela nomeação

O Presidente do Irão, Masud Pezeshkian, felicitou esta terça-feira Naim Qassem pela sua nomeação como novo secretário-geral do Hezbollah, em substituição de Hasan Nasrallah, morto num bombardeamento israelita em 27 de setembro.

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© Aziz Taher/Reuters

Lusa
29/10/2024 22:49 ‧ há 5 semanas por Lusa

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Médio Oriente

"Estou certo de que a presença de uma figura brilhante com um histórico claro como Sua Excelência à frente do grupo Hezbollah fortalecerá a vontade da resistência e também a continuação do caminho brilhante dos mártires de alto escalão desta frente", disse Pezeshkian numa mensagem dirigida a Qassem, informou a agência IRNA.

 

O chefe de Estado iraniano afirmou que "a defesa da soberania e integridade territorial do Líbano" tem "uma importância histórica".

O Conselho Shura, órgão máximo de governo do grupo xiita libanês, anunciou hoje a nomeação de Qassem, com quem a formação armada prometeu que "trabalharão em conjunto para alcançar os princípios do Hezbollah e os objetivos do seu caminho, para manter a chama da resistência a brilhar e a sua bandeira erguida até que a vitória seja alcançada".

Esta decisão foi tomada depois de o Hezbollah ter confirmado na semana passada a morte de Hashem Safi al Din, chefe do conselho executivo do grupo e considerado um dos principais candidatos à sucessão do clérigo Nasrallah.

O Irão apoia o Hezbollah desde a sua fundação, na década de 1980, e o grupo é um dos seus principais aliados na região.

Teerão lidera o chamado "Eixo da Resistência", a aliança informal anti-Israel a que pertencem, além do Hezbollah, o grupo palestiniano Hamas, os Houthis do Iémen e as milícias islâmicas no Iraque.

Como vingança pela morte de Nasrallah, bem como pelo assassinato do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerão, o Irão atacou Israel com cerca de 180 mísseis em 01 de outubro.

Telavive respondeu por sua vez no sábado com ataques a alvos militares em três províncias iranianas, incluindo Teerão, que fizeram cinco mortos.

Israel invadiu o Líbano após semanas de bombardeamentos e ataques contra o país, incluindo a explosão coordenada de milhares de aparelhos de comunicação, depois de quase um ano de combates com o Hezbollah na zona fronteiriça.

O Governo libanês calculou que os ataques israelitas iniciados provocaram cerca de 2.700 mortos e de 12.500 feridos.

O Hezbollah, apoiado pelo Irão, começou a bombardear o norte de Israel a partir do sul do Líbano em apoio ao Hamas, que enfrenta uma ofensiva militar de Telavive em Gaza desde que atacou solo israelita em 07 de outubro.

Leia Também: Israel estima que Hezbollah tem apenas 20% dos seus mísseis

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