"Estou certo de que a presença de uma figura brilhante com um histórico claro como Sua Excelência à frente do grupo Hezbollah fortalecerá a vontade da resistência e também a continuação do caminho brilhante dos mártires de alto escalão desta frente", disse Pezeshkian numa mensagem dirigida a Qassem, informou a agência IRNA.
O chefe de Estado iraniano afirmou que "a defesa da soberania e integridade territorial do Líbano" tem "uma importância histórica".
O Conselho Shura, órgão máximo de governo do grupo xiita libanês, anunciou hoje a nomeação de Qassem, com quem a formação armada prometeu que "trabalharão em conjunto para alcançar os princípios do Hezbollah e os objetivos do seu caminho, para manter a chama da resistência a brilhar e a sua bandeira erguida até que a vitória seja alcançada".
Esta decisão foi tomada depois de o Hezbollah ter confirmado na semana passada a morte de Hashem Safi al Din, chefe do conselho executivo do grupo e considerado um dos principais candidatos à sucessão do clérigo Nasrallah.
O Irão apoia o Hezbollah desde a sua fundação, na década de 1980, e o grupo é um dos seus principais aliados na região.
Teerão lidera o chamado "Eixo da Resistência", a aliança informal anti-Israel a que pertencem, além do Hezbollah, o grupo palestiniano Hamas, os Houthis do Iémen e as milícias islâmicas no Iraque.
Como vingança pela morte de Nasrallah, bem como pelo assassinato do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerão, o Irão atacou Israel com cerca de 180 mísseis em 01 de outubro.
Telavive respondeu por sua vez no sábado com ataques a alvos militares em três províncias iranianas, incluindo Teerão, que fizeram cinco mortos.
Israel invadiu o Líbano após semanas de bombardeamentos e ataques contra o país, incluindo a explosão coordenada de milhares de aparelhos de comunicação, depois de quase um ano de combates com o Hezbollah na zona fronteiriça.
O Governo libanês calculou que os ataques israelitas iniciados provocaram cerca de 2.700 mortos e de 12.500 feridos.
O Hezbollah, apoiado pelo Irão, começou a bombardear o norte de Israel a partir do sul do Líbano em apoio ao Hamas, que enfrenta uma ofensiva militar de Telavive em Gaza desde que atacou solo israelita em 07 de outubro.
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