Chefe da filial na China da AstraZeneca foi colocado sob investigação

O diretor da filial chinesa do gigante farmacêutico britânico AstraZeneca foi colocado sob investigação no país asiático, anunciou a empresa, após informações sobre alegada recolha ilegal de dados e importação de medicamentos não autorizados.

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Lusa
31/10/2024 06:14 ‧ 31/10/2024 por Lusa

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Medicamentos

O presidente da AstraZeneca China, Leon Wang, está "a cooperar com as autoridades chinesas no âmbito de uma investigação em curso", lê-se no comunicado emitido pelo grupo na quarta-feira.

 

"As nossas atividades na China continuam sob a liderança do atual diretor-geral da AstraZeneca China", acrescentou. "Caso seja solicitada, a AstraZeneca cooperará plenamente com a investigação", lê-se na mesma nota.

A China é um mercado-chave para o grupo, que ganhou reconhecimento mundial durante a pandemia de covid-19 por ter desenvolvido uma das primeiras vacinas contra a doença.

Em setembro, a empresa confirmou que vários funcionários estavam a ser investigados na China. Esta informação veio na sequência de notícias de que os funcionários estavam a ser questionados sobre uma possível recolha não autorizada de dados e importação ilegal de medicamentos.

As investigações levadas a cabo pelas autoridades de Shenzhen (sul da China) envolvem cinco pessoas de nacionalidade chinesa, algumas ainda empregadas pelo grupo e outras já não, segundo a agência de notícias financeiras Bloomberg.

Uma das investigações está relacionada com a recolha de dados de pacientes, que as autoridades acreditam ter violado as leis chinesas de proteção da privacidade, de acordo com a Bloomberg, que citou pessoas próximas do caso.

Outra investigação envolve a importação de um medicamento contra o cancro do fígado que não foi aprovado na China continental, avançou a agência.

A Astrazeneca, que tem sede em Cambridge, no Reino Unido, emprega 90 mil pessoas em todo o mundo.

Nos últimos anos, algumas multinacionais têm denunciado um ambiente empresarial cada vez mais difícil na China. Queixam-se, nomeadamente, de falta de transparência no que respeita à legislação sobre dados e à detenção prolongada de funcionários.

Leia Também: 1,6 milhões vacinados contra gripe e mais de 1,1 milhões contra Covid-19

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