"Somos um país livre, independente e soberano e haverá uma boa relação com os Estados Unidos", afirmou Sheinbaum, numa primeira reação à vitória de Trump nas eleições presidenciais da véspera, na sua conferência de imprensa diária.
"Vamos aguardar" resultados mais completos nos Estados Unidos, "para poder fazer o comunicado oficial", acrescentou.
No último dia de campanha, segunda-feira, Donald Trump ameaçou o México com um aumento das tarifas alfandegárias perante o afluxo de migrantes e o tráfico de droga.
"Se eles não detiverem esta onda de criminosos e drogas que entram no nosso país, vou impor imediatamente uma tarifa aduaneira de 25% sobre tudo o que eles enviam para os Estados Unidos da América (EUA)", disse o candidato republicano.
"Vai haver diálogo, e é por isso que digo que não há motivo para preocupação", sublinhou a Presidente mexicana, em resposta a uma pergunta.
"O México, os Estados Unidos e o Canadá têm atualmente um nível muito elevado de integração económica", precisou, referindo-se ao acordo de comércio livre entre os três países, que será revisto em 2026.
Tal integração "beneficia os Estados Unidos e o México. Não estamos em concorrência, pelo contrário, complementamo-nos mutuamente", explicou.
"Continuaremos a trabalhar muito" com as empresas norte-americanas que têm investimentos no México, assegurou Sheinbaum.
"Relativamente a outras questões que são importantes para os Estados Unidos e o México, vamos manter este diálogo de alto nível", indicou, mencionando "tudo o que tem que ver com a entrada de drogas procedentes do México nos Estados Unidos, com a entrada de armas procedentes dos Estados Unidos no México".
A chefe de Estado mexicana referiu ainda que "no México, a migração na fronteira norte (com os Estados Unidos) caiu 75% entre dezembro de 2023 e hoje".
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