Vitória de Trump não é "motivo de preocupação" afirma presidente mexicana

A Presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, de esquerda, declarou hoje que o México não tem "qualquer motivo de preocupação" com a eleição do republicano Donald Trump como Presidente nos Estados Unidos, seu principal parceiro comercial, absorvendo 80% das suas exportações.

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© YURI CORTEZ/AFP via Getty Images

Lusa
06/11/2024 15:40 ‧ há 3 semanas por Lusa

Mundo

Eleições EUA

"Somos um país livre, independente e soberano e haverá uma boa relação com os Estados Unidos", afirmou Sheinbaum, numa primeira reação à vitória de Trump nas eleições presidenciais da véspera, na sua conferência de imprensa diária.

 

"Vamos aguardar" resultados mais completos nos Estados Unidos, "para poder fazer o comunicado oficial", acrescentou.

No último dia de campanha, segunda-feira, Donald Trump ameaçou o México com um aumento das tarifas alfandegárias perante o afluxo de migrantes e o tráfico de droga.

"Se eles não detiverem esta onda de criminosos e drogas que entram no nosso país, vou impor imediatamente uma tarifa aduaneira de 25% sobre tudo o que eles enviam para os Estados Unidos da América (EUA)", disse o candidato republicano.

"Vai haver diálogo, e é por isso que digo que não há motivo para preocupação", sublinhou a Presidente mexicana, em resposta a uma pergunta.

"O México, os Estados Unidos e o Canadá têm atualmente um nível muito elevado de integração económica", precisou, referindo-se ao acordo de comércio livre entre os três países, que será revisto em 2026.

Tal integração "beneficia os Estados Unidos e o México. Não estamos em concorrência, pelo contrário, complementamo-nos mutuamente", explicou.

"Continuaremos a trabalhar muito" com as empresas norte-americanas que têm investimentos no México, assegurou Sheinbaum.

"Relativamente a outras questões que são importantes para os Estados Unidos e o México, vamos manter este diálogo de alto nível", indicou, mencionando "tudo o que tem que ver com a entrada de drogas procedentes do México nos Estados Unidos, com a entrada de armas procedentes dos Estados Unidos no México".

A chefe de Estado mexicana referiu ainda que "no México, a migração na fronteira norte (com os Estados Unidos) caiu 75% entre dezembro de 2023 e hoje".

Leia Também: Supremo Tribunal do México mantém polémica reforma judicial

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