"As eleições dos Estados Unidos constituem uma oportunidade para reavaliar e corrigir as abordagens e políticas erradas" de Washington em relação ao Irão, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Ismail Baghaei, de acordo com a agência de notícias estatal IRNA.
O diplomata indicou que Teerão teve "experiências profundamente amargas com as políticas de várias administrações dos Estados Unidos", país com o qual tem estado em desacordo desde a Revolução Islâmica de 1979.
As declarações de Baghaei foram feitas um dia depois da vitória nas eleições presidenciais norte-americanas de Donald Trump, que no primeiro mandato (2017-2021) aplicou ao Irão a chamada política de "máxima pressão".
Trump abandonou unilateralmente o acordo nuclear de 2015, que limitava o programa nuclear do Irão em troca do levantamento das sanções, e voltou a impor medidas restritivas que afundaram a economia do país.
Na primeira reação oficial, na quarta-feira, a porta-voz do Governo Fatemeh Mohajerani disse: "A eleição do Presidente dos EUA não tem uma relação clara connosco".
Apesar disso, o rial caiu para um mínimo histórico em relação ao dólar.
As relações entre o Irão e os Estados Unidos, muito tensas nas últimas décadas, atravessam o pior momento desde o início da guerra entre Israel, que tem Washington como principal aliado, e os movimentos islamitas Hamas e o Hezbollah, apoiados por Teerão.
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