NATO confia que Alemanha vai "cumprir obrigações de defesa" apesar de crise política

O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), Mark Rutte, disse hoje confiar que a Alemanha vai "cumprir obrigações de defesa" apesar da crise política interna, garantindo não estar preocupado com este membro da Aliança Atlântica.

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© Dursun Aydemir/Anadolu via Getty Images

Lusa
07/11/2024 12:00 ‧ 07/11/2024 por Lusa

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Budapeste, 07 nov 2024 (Lusa) -- O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), Mark Rutte, disse hoje confiar que a Alemanha vai "cumprir obrigações de defesa" apesar da crise política interna, garantindo não estar preocupado com este membro da Aliança Atlântica.

 

"Tenho a certeza de que, no que diz respeito à defesa e à política externa, a Alemanha será capaz de se defender dos seus inimigos", disse Mark Rutte, falando em Budapeste à chegada a uma cimeira da Comunidade Política Europeia.

"É assim que a Alemanha vai poder conduzir a sua política externa: a continuar a cumprir as suas obrigações em matéria de defesa, entre outras, e não estou preocupado com isso", previu o secretário-geral da NATO.

As declarações surgem após o chanceler alemão, Olaf Scholz, ter demitido por quebra de confiança, na quarta-feira à noite, o ministro das Finanças, Christian Lindner, líder do FDP, o partido liberal que integra a coligação que forma o governo.

Também falando sobre a crise política alemã também à chegada a Budapeste, a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, apontou que "isto é a democracia".

"Aguardamos com expectativa os próximos meses, em que apelamos à estabilidade política, em que apelamos a todos os atores para que atuem com responsabilidade [...]. Uma coisa é certa: a Europa não é forte sem uma Alemanha forte, e isso é algo que esperamos continuar a ver nos próximos meses", exortou a líder da assembleia europeia.

Líderes europeus vão hoje reunir-se na 5.ª cimeira da Comunidade Política Europeia e num jantar informal do Conselho Europeu, na capital húngara, para focar-se nos desafios europeus de competitividade e de defesa, num contexto de mudanças políticas nos Estados Unidos, depois de o republicano Donald Trump ter sido eleito na terça-feira o 47.º Presidente dos Estados Unidos.

Um total de 48 participantes -- incluindo responsáveis de quatro instituições e de 44 países -- junta-se hoje em Budapeste para a quinta cimeira da Comunidade Política Europeia. Entre os líderes das instituições estão as presidentes da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, bem como o líder do Conselho Europeu, Charles Michel e o secretário-geral da NATO, Mark Rutte. A esta lista acresce o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

Criada em 2022 após a invasão russa da Ucrânia, a Comunidade Política Europeia é uma plataforma de coordenação política para debates sobre o futuro da Europa.

Após esta cimeira da Comunidade Política Europeia, que decorre durante o dia no estádio Puskás Arena, inicia-se o Conselho Europeu informal com um jantar dos chefes de Governo e de Estado da UE no edifício do parlamento húngaro.

Em ambos os encontros de alto nível, Portugal está representado pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro.

Leia Também: Tropas norte-coreanas na Europa são "expansão perigosa do conflito"

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