Israel aprova lei que para despedir professores apoiantes de terrorismo

O parlamento israelita (Knesset) aprovou hoje a lei que permite ao Ministério da Educação despedir professores que considere "apoiarem o terrorismo" e mostrarem "simpatia" ou "solidariedade" com atos terroristas perpetrados contra o país.

Notícia

© Lisi Niesner/Reuters

Lusa
07/11/2024 12:19 ‧ há 3 semanas por Lusa

Mundo

Médio Oriente

Facilitando despedimentos sem aviso prévio, o quadro legal deixa ao ministério a decisão sobre se os professores "se identificam com atos terroristas" ou se demonstraram "simpatia ou empatia por tais atividades".

 

A legislação permitirá ao governo cortar o financiamento das escolas que demonstrem apoio a ataques contra cidadãos israelitas ou alvos dentro do país.

A lei especifica as escolas árabes localizadas em Jerusalém Oriental acusadas de "incitar os menores a manifestar posições anti-israelitas", segundo a imprensa local.

O Knesset já tinha dado verde a uma lei promovida pelo partido de extrema-direita Otzma Yehudit para permitir ao governo de Benjamin Netanyahu deportar familiares de "terroristas" condenados para a Faixa de Gaza ou outras áreas.

O Ministério da Administração Interna poderá, assim, expulsar familiares dos condenados por terrorismo se tiverem conhecimento prévio das ações terroristas e não informarem a polícia, noticiou o jornal "The Times of Israel".

O quadro legal não se aplica apenas a cidadãos israelitas - cuja expulsão duraria entre sete e 15 anos - mas também a residentes permanentes ou temporários, que podem receber uma ordem de expulsão, que será válida por um período não inferior a dez anos nem superior a 15 anos.

Apesar da expulsão, os cidadãos israelitas conservam a sua cidadania.

Leia Também: EUA. Eurodeputados portugueses preocupados com Ucrânia e Médio Oriente

Partilhe a notícia


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas