O ataque foi denunciado pelo porta-voz da Defesa Civil, que disse apenas que um avião atingiu as instalações, sem dar mais detalhes sobre o sucedido.
O Crescente Vermelho Palestiniano relatou ter transportado o corpo de uma pessoa e nove feridos na sequência do ataque e transmitiu um vídeo da transferência na rede social X (ex-Twitter).
Em comunicado, a Defesa Civil acrescentou que "a obstrução contínua por parte da ocupação israelita ao trabalho das equipas médicas e de defesa civil no norte da Faixa de Gaza" e sublinhou que as tropas israelitas impedem que as equipas de resgate cheguem às casas bombardeadas.
O Ministério da Saúde palestiniano informou que 78 pessoas morreram em Gaza e outras 214 ficaram feridas desde terça-feira, após dois dias de intensos ataques e bombardeamentos das forças israelitas em todo o enclave e, especialmente, contra a zona norte que sofre 32 dias de cerco.
"A ocupação israelita realizou seis massacres contra famílias na Faixa de Gaza, causando 78 mártires e 214 feridos durante as últimas 48 horas", detalhou um comunicado do Ministério, que aumentou o número total de mortes desde o início da guerra para 43.469 e 102.561 feridos.
O Exército israelita anunciou hoje a incursão de novas tropas em Beit Lahia, "após receber informações prévias de inteligência e uma avaliação da situação" que indicavam a presença de milícias e infraestruturas do Hamas na área.
Estima-se que cerca de 3.000 habitantes de Gaza permaneçam na cidade de Beit Lahia, no norte do país, atingida no último mês por intensos bombardeamentos e por uma grave falta de ajuda humanitária e de alimentos.
Na nota, o Exército garante que está a facilitar a "evacuação segura" da população, embora a maioria das organizações humanitárias afirmem que já não existem lugares seguros na Faixa de Gaza.
O norte de Gaza enfrenta a sua pior ofensiva militar desde o início da guerra. Segundo a Defesa Civil, cerca de 1.800 palestinianos morreram naquela zona desde que aviões, veículos e tanques israelitas se reagruparam em 05 de outubro com a intenção, segundo fontes militares, de impedir o reagrupamento de membros do Hamas.
A situação também é particularmente preocupante tendo em conta o sistema de saúde em colapso, com os três principais hospitais do norte sob cerco militar e a inação das equipas de resgate durante 16 dias, incapazes de resgatar as vítimas dos escombros devido aos ataques.
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