A vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais de terça-feira desencadearam um súbito interesse de mulheres norte-americanas no movimento feminista que nasceu na Coreia do Sul.
O movimento, que se autodenomina de '4 B' assenta na premissa de que as mulheres não devem namorar, casar, ter relações sexuais ou filhos com homens.
Desde quarta-feira que o Google registou mais de 200 mil pessoas que pesquisaram sobre o assunto e nas redes sociais muitas mulheres defenderam que vão adotar este modo de vida.
O movimento nasceu na Coreia do Sul em 2018 na senda do movimento 'MeToo', e tornou-se numa forma de as mulheres protestarem contra a discriminação de género e violência contra as mulheres, explicou Meera Choi, doutorada da Yale University.
"As mulheres começaram a pensar na forma como o governo, o estado e os homens lhe estavam a falhar e decidiram deixar de colaborar com eles, não participando em relações heterossexuais", completa.
O interesse renovado no 4B surge na sequência de uma eleição em que o género desempenhou um papel importante, escreve a NBC. Houve quem pensasse que as questões relacionadas com o futuro dos direitos reprodutivos das mulheres levariam os eleitores a votar na vice-presidente Kamala Harris e a dar a Trump uma derrota esmagadora - em vez disso, as mulheres acabaram por gravitar em torno dele. Para muitas mulheres, a vitória de Trump foi uma indicação de que os seus direitos reprodutivos estão a diminuir.
Nas redes sociais, muitas mulheres norte-americanas vieram defender esta posição, explicando porém que não é de uma guerra aberta contra os republicanos.
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Mas sim uma forma de marcarem uma posição sobre as leis contra o aborto no país, que podem colocar em risco a vida das mulheres.
Na Coreia do Sul, o movimento resultado numa queda brusca da natalidade, o que resultado de forma negativa a economia do país.
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