"Estou profundamente envergonhado por isto poder acontecer nos Países Baixos em 2024. Não o toleraremos. Levaremos os culpados à justiça", afirmou o chefe do Executivo numa breve declaração à imprensa em Budapeste, à margem de uma cimeira europeia.
A imprensa local de hoje informa que adeptos do clube de futebol israelita Maccabi Tel Aviv entraram em vários confrontos com manifestantes contra a guerra na Faixa de Gaza em várias zonas de Amesterdão, antes do jogo contra o Ajax, da Liga Europa.
Segundo o canal RTL, os adeptos israelitas terão agredido um taxista e arrancado uma bandeira palestiniana de uma fachada, provocando um tumulto.
As tensões em Amesterdão aumentaram ao longo da quinta-feira, quando começaram a circular nas redes sociais numerosos vídeos que mostravam adeptos do Maccabi a gritar cânticos como "morte aos árabes" e "que se lixem os árabes", enquanto outros elogiavam os ataques militares à Faixa de Gaza.
Outras imagens mostram um homem, alegadamente um adepto israelita, de acordo com as mensagens que acompanham as imagens, a arrancar uma bandeira palestiniana da fachada de um edifício em Amesterdão.
Também há vídeos de adeptos israelitas a atacar um taxista em Amesterdão, o que também provocou a ira dos seus colegas taxistas, que mais tarde tentaram confrontar um grupo que saía do casino da cidade.
As forças policiais intervieram repetidamente em Amesterdão, enquanto a presidente da Câmara de Amesterdão, Femke Halsema, disse hoje que a cidade é palco de "muitas manifestações" e que há preparação para responder.
"Mas o que aconteceu ontem (quinta-feira) à noite não tem nada a ver com uma manifestação. Foi um crime. Não há desculpa para o que aconteceu ontem à noite", afirmou quando questionada pelos jornalistas sobre a possível ligação entre os incidentes antes do jogo e a violência contra os adeptos israelitas.
No total, 62 pessoas foram detidas quinta-feira, das quais dez permanecem sob custódia, incluindo dois menores, e são acusadas, designadamente, de violência pública, segundo o procurador-chefe de Amesterdão, René de Beukelaer. Cinco pessoas foram hospitalizadas e receberam alta imediatamente.
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