Vice-chanceler Robert Habeck anuncia candidatura a chanceler pelos Verdes
O vice-chanceler e ministro da Economia alemão, Robert Habeck, anunciou hoje a sua candidatura pelos Verdes, um dos três membros da coligação governamental agora desfeita, nas eleições antecipadas que serão realizadas no próximo ano.
© Christoph Soeder/dpa (Photo by Christoph Soeder/picture alliance via Getty Images)
Mundo Alemanha
Num vídeo publicado no seu canal do YouTube, Habeck, de 55 anos, confirmou os boatos que circulavam em Berlim: avançar "como um candidato dos Verdes para o povo da Alemanha".
"Estou pronto para oferecer a minha experiência, a minha força e a minha responsabilidade, se me quiserem como chanceler. Mas essa decisão não é minha, é vossa", afirmou Habeck, que não foi candidato nas últimas eleições em setembro de 2021 quando avançou a atual ministra dos Negócios Estrangeiros, Annalena Baerbock.
O vice-chanceler reconheceu que o ambiente na Alemanha é tenso e que cometeu erros, mas aprendeu com eles, bem como com os reveses.
Habeck afirmou que, após a dura experiência da rutura da coligação, formada até agora pelos Verdes, os Sociais-Democratas e os Liberais, encontrou "novas forças para voltar a lutar", mesmo quando o seu partido é o quarto mais votado, com 12% dos votos, segundo uma recente sondagem.
"Sei que é preciso conquistar a liderança", disse Habeck, que, como candidato, quer "convencer os alemães de que podem confiar nele".
Habeck é também ministro da Proteção do Clima.
O chanceler alemão, Olaf Scholz, declarou-se hoje aberto a conversações para acelerar a realização de eleições legislativas antecipadas na Alemanha para antes de março.
O líder social-democrata está sob pressão para antecipar o início do processo conducente a estas eleições, que até agora se previa começasse a 15 de janeiro, data em que planeava apresentar uma moção de confiança aos deputados.
Dado que já não dispõe de uma maioria parlamentar suficiente para governar, é muito provável que esta moção seja chumbada, o que abrirá caminho a eleições antecipadas no país.
De acordo com este calendário, as legislativas antecipadas não poderiam ocorrer antes de março, mas há cada vez mais apelos para que se realizem mais cedo, se possível ainda em janeiro.
A Alemanha está mergulhada numa crise política sem precedentes desde a rutura, na quarta-feira à noite, da coligação governamental que os sociais-democratas (SPD) do chanceler, os Verdes e os liberais do FDP lideravam desde o final de 2021.
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