"Quem imaginaria que as tropas norte-coreanas estariam a lutar contra a Ucrânia", disse Borrell numa conferência de imprensa conjunta com o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Andrí Sibiga, realizada em Kyiv, na Ucrânia.
Borrell destacou a necessidade de aumentar a pressão diplomática sobre a Coreia do Norte para evitar que Pyongyang envie mais soldados para lutar com a Rússia, realçando que a sua recente viagem à Coreia do Sul para coordenar as reações com Seul é um passo nessa direção.
"A segurança da Coreia do Sul depende da Ucrânia e também está a ser defendida aqui", referiu, sobre as ramificações que a entrada de Pyongyang na guerra pode ter na região Ásia-Pacífico.
O chefe da diplomacia europeia insistiu que os parceiros ocidentais da Ucrânia devem permitir que a Ucrânia utilize as suas armas para atacar alvos militares localizados na Federação Russa, uma exigência de Kyiv que ainda não recebeu luz verde.
Borrell chegou hoje a Kyiv, na sua quinta visita à Ucrânia desde o início da invasão militar russa.
Na quinta-feira, a Presidência russa (Kremlin) voltou a fugir à questão da presença de soldados norte-coreanos na Rússia, denunciada pela Ucrânia, Estados Unidos e Coreia do Sul, remetendo a questão para o Ministério da Defesa.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, assegurou, nesse mesmo dia, que soldados norte-coreanos estavam a combater na região russa de Kursk, parte da qual está ocupada pelas forças ucranianas, e tinham sofrido baixas.
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