O ainda presidente dos Estados Unidos, Joe Biden vai receber na quarta-feira Donald Trump, o seu sucessor ao cargo.
"Após o convite do presidente Joe Biden, o mesmo vai encontrar-se com o presidente-eleito Trump na quarta-feira, na Sala Oval", anunciou a porta-voz da Casa Branca, este sábado.
O encontro entre os dois políticos acontecerá uma semana depois de Doanld Trump ganhar as eleições presidenciais, nas quais concorria contra a atual 'vice' de Biden, Kamala Harris. Recorde-se que Biden ainda avançou para uma segunda candidatura à presidência, mas após fortes críticas ao seu estado de saúde aparentemente deteriorado, acabou por sair - passando a 'tocha' a Kamala, e prestando-lhe o seu apoio.
Após ser confirmado que Donald Trump seria o 47.º presidente dos Estados Unidos, a tomar posse em janeiro, os democratas apressaram-se a garantir que haveria uma "transferência pacífica de poder" da sua parte - primeiro, com um discurso de Kamala Harris e, no dia seguinte, com uma declaração ao país por parte de Joe Biden.
O que se segue? E quem?
O encontro servirá para preparar a chegada da próxima administração Trump, na qual figuras como o empresário Elon Musk ou Robert F. Kennedy Jr. poderão desempenhar papéis importantes.
Recorde-se que o último, sobrinho do ex-presidente John F. Kennedy, também esteve na corrida à Casa Branca, desistindo após se tornar um "empecilho". A família, de democratas, acusou-o mesmo de traição quando este demonstrou o seu apoio a Donald Trump, que disse desde logo que este poderia ter um cargo na sua administração.
Donald Trump, que nunca reconheceu a sua derrota em 2020 e que boicotou a cerimónia de tomada de posse de Joe Biden, disse na quinta-feira estar "ansioso por este encontro" na Casa Branca, segundo a sua equipa.
O magnata do imobiliário - alvo de duas tentativas de assassinato durante a campanha, acusado e condenado em processos criminais e civis - tem 74 dias para constituir a sua equipa governativa.
O republicano fez na quinta-feira a sua primeira grande nomeação: Susie Wiles, arquiteta da sua campanha, será a sua chefe de gabinete, um cargo ultraestratégico que nunca tinha sido ocupado por uma mulher.
O republicano superou os 270 votos necessários no colégio eleitoral, quando ainda decorre o apuramento dos resultados. Trump segue também à frente da adversária democrata no voto popular, com 50,7% contra os 47,7% de Kamala Harris.
O Partido Republicano recuperou ainda o Senado (câmara alta da Congresso) ao ultrapassar a fasquia de 51 eleitos, enquanto na Câmara dos Representantes (câmara baixa) os últimos dados indicam que se encontra igualmente na frente no apuramento, com 211 mandatos, a apenas sete da maioria.
[Notícia atualizada às 17h36]
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