O embaixador húngaro "foi convocado ao Ministério dos Negócios Estrangeiros" na sequência da imposição de novas sanções pelo bloco europeu e pelo Reino Unido, devido ao alegado apoio do Irão à invasão russa da Ucrânia, informou a agência noticiosa estatal Irna, citando um comunicado do Ministério.
O Irão já tinha criticado as novas sanções, qualificando-as de "injustificáveis", sobretudo "tendo em conta que o Presidente ucraniano [Volodymyr Zelensky] admitiu que nenhum míssil balístico iraniano foi exportado para a Rússia", sublinhou Esmail Baghai, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Na segunda-feira, o Conselho da União Europeia (UE) decidiu alargar as sanções comunitárias e acrescentar mais um indivíduo e quatro entidades à lista de sancionados.
Em comunicado, o Conselho indicou que decidiu "alargar o âmbito de aplicação do quadro de medidas restritivas da UE, tendo em conta o apoio militar do Irão à guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia e a grupos e entidades armados no Médio Oriente e na região do mar Vermelho".
A decisão tomada pelos ministros dos Negócios Estrangeiros do bloco europeu, reunidos em Bruxelas, proíbe a exportação, transferência, fornecimento ou venda pela UE ao Irão de componentes utilizados no desenvolvimento e produção de mísseis e de veículos aéreos não tripulados ('drones').
A proibição abrange igualmente as transações com portos e comportas que sejam propriedade, operados ou controlados por indivíduos e entidades constantes da lista, ou que sejam utilizados para a transferência de 'drones' ou mísseis iranianos ou de tecnologias e componentes conexas para a Rússia.
"Esta medida adicional visa a utilização de navios e portos para a transferência de 'drones', mísseis, tecnologias e componentes conexos de fabrico iraniano", acrescentou a instituição.
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