Junta birmanesa ataca localidades controladas pela oposição

A junta birmanesa está a atacar localidades que passaram a estar sob controlo de grupos de oposição, promovendo decapitações, violações em grupo e tortura, com mulheres, crianças e idosos entre as vítimas, acusou um relator independente da ONU.

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© Andrew Biraj/Reuters

Lusa
23/11/2024 07:05 ‧ 23/11/2024 por Lusa

Mundo

Myanmar

Thomas Andrews, um ex-congressista dos EUA, eleito pelo Estado do Maine, disse em relatório destinado à Assembleia Geral da ONU, conhecido na sexta-feira, que a junta respondeu às derrotas militares e às perdas de território com o uso de armas sofisticadas contra civis e com a tentativa de destruir localidades que deixou de controlar.

 

Classificando Myanmar como "uma crise invisível", porque a atenção do mundo está focada algures, disse, "o aumento das atrocidades contra o povo de está a ser permitido pelos governos que permitem, ou apoiam ativamente, a transferência de armas, materiais bélicos e combustível para as forças da junta".

Andrew não nomeou governos, mas elogiou Singapura por reprimir a transferência de armas, o que conduziu a uma queda de 90% destas transferências relativas a empresas registadas em Singapura, e disse que as sanções impostas pelos EUA aos bancos estatais, controlados pela junta, rompeu as cadeias logísticas dos militares.

Este relator especial da ONU para os direitos humanos em Myanmar lamentou, contudo, que estas ações sejam uma exceção.

Apelou a todos os países que ataquem "a devastadora crise humanitária e de direitos humanos" em Myanmar, acabando com o fluxo de armas para a junta, reforçando antes a ajuda humanitária aos milhões de pessoas que dela precisam e apoiando os esforços pata responsabilizar os autores das violações dos direitos humanos.

A violência em Myanmar começou depois de o exército derrubar o governo eleito de Aung San Suu Kyi, em fevereiro de 2021, e reprimiu brutalmente protestos não-violentos.

Esta situação motivou uma resistência armada e combates no país.

O exército está na defensiva face a milícias étnicas em grande parte de Myanmar, bem como a centenas de grupos guerrilheiros armados, designados coletivamente como as Forças de Defesa do Povo, formados para restaurar a democracia.

Leia Também: Líder da junta do Myanmar parte para primeira viagem à China desde golpe

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