Rede de tráfico ilegal de migrantes desmantelada em Madrid. Há 36 detidos

A rede utilizava passaportes de cidadãos espanhóis parecidos com os migrantes para os fazer entrar em Espanha. A organização transnacional tinha bases em Espanha, República Dominicana e Brasil.

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© Reprodução X/Polícia Nacional

Notícias ao Minuto
25/11/2024 20:28 ‧ há 1 hora por Notícias ao Minuto

Mundo

Espanha

Uma rede criminosa dedicada ao tráfico ilegal de migrantes foi desmantelada em Madrid, Espanha. Na sequência da descoberta, a Polícia Nacional deteve ainda 34 pessoas em Madrid e outras duas no Brasil e na República Dominicana. 

 

Ao que tudo indica, a rede dedicava-se ao tráfico ilegal de cidadãos de nacionalidade dominicana entre Brasil e Espanha com recurso ao método do ‘look alike’. Isto é, tiravam partido das parecenças dos migrantes e usavam passaportes válidos de cidadãos espanhóis que tinham um aspeto físico parecido com eles.

A investigação teve início em outubro de 2023 através de várias informações que apontavam para a possível existência de uma organização transnacional com bases em Espanha, República Dominicana e Brasil, cujo objetivo seria conseguir que os cidadãos dominicanos pudessem entrar de forma ilegal em Espanha através do uso fraudulento de documentos autênticos nacionais.

As primeiras informações recolhidas levaram a oito detenções pelas autoridades, de cidadãos dominicanos com nacionalidade espanhola, que teriam vendido os seus passaportes à organização por cerca de 500 euros.

Os agentes determinaram, ainda durante a primeira fase da investigação, que os passaportes obtidos em Espanha eram transportados por membros da rede até à República Dominicana onde os entregavam aos migrantes em troca de valores que rondavam os cinco mil euros.

O valor incluía ainda a compra dos bilhetes de avião e alojamento temporário nestes países, principalmente no Brasil, antes da partida até Espanha como destino final.

A segunda fase da investigação levou a várias detenções. Em Madrid, sete membros do grupo foram detidos, incluindo dois responsáveis máximos que ficaram em prisão preventiva, e 19 pessoas que tinham vendido os seus passaportes. 

Para além disso, em quatro registos distintos, as autoridades apreenderam um veículo, sete telemóveis, 13 passaportes, dois documentos de identificação estrangeiros falsos, 30 gramas de cocaína e 3440 euros em numerário.

Leia Também: Vespa perigosa já em Espanha faz soar alarmes por cá. De que se trata?

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