Para a ONU, trata-se de "única forma de acabar com o sofrimento" das populações da região, afirmou Jeremy Laurence, porta-voz do alto-comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos.
O gabinete de segurança israelita deverá decidir hoje sobre um cessar-fogo após dois meses de guerra contra o Hezbollah no Líbano, enquanto os Estados Unidos admitiram que um acordo estava próximo, mas pediram cautela.
O porta-voz acrescentou que Volker Turk, o alto-comissário para os Direitos Humanos, estava "seriamente preocupado com a escalada" do conflito no Líbano.
Salientou que pelo menos 97 pessoas foram mortas em ataques aéreos israelitas entre 22 e 24 de novembro, incluindo oito crianças e 19 mulheres.
"São indicações da brutalidade desta guerra contra civis", disse Laurence, em Genebra, Suíça, citado pela agência francesa AFP.
O porta-voz de Turk disse que os ataques contra civis levantam "sérias preocupações sobre o respeito pelos princípios da proporcionalidade, distinção e necessidade".
A ação militar israelita no Líbano, que tem como alvo o movimento islâmico libanês apoiado pelo Irão, segue-se a quase um ano de bombardeamento do território israelita pelo Hezbollah.
Laurence criticou também o Hezbollah por continuar a disparar foguetes contra Israel, causando vítimas civis.
"A maioria destes ataques com foguetes são de natureza indiscriminada", provocando "a deslocação de muitos civis israelitas, o que é inaceitável", afirmou.
O conflito foi desencadeado por um ataque do grupo palestiniano Hamas em Israel em outubro de 2023, que levou a uma ofensiva israelita na Faixa de Gaza e, mais recentemente, no sul do Líbano para tentar neutralizar o Hezbollah.
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