A diplomacia iraquiana saudou hoje a trégua estabelecida no Líbano, após dois meses de guerra aberta entre o exército israelita e o Hezbollah, apelando à "multiplicação dos esforços internacionais para evitar qualquer nova escalada" nesta frente.
Na sua declaração, o Ministério dos Negócios Estrangeiros iraquiano apela ainda "à comunidade internacional para que tome medidas sérias e urgentes para colocar fim aos massacres e ataques" contra os palestinianos na Faixa de Gaza.
Já os rebeldes Huthis do Iémen - aliados do Irão, como o grupo xiita libanês - viram o cessar-fogo no Líbano como uma "vitória do Hezbolah" contra Israel.
"Saudamos a resistência do Hezbollah e do querido povo libanês diante da agressão brutal de Israel", escreveu o porta-voz Huthi na rede social X, acrescentando que "o Líbano foi capaz, graças a esta resistência, obter uma nova vitória".
O cessar-fogo entre Israel e os militantes do Hezbollah, no Líbano, começou hoje às 04:00 locais (02:00 em Lisboa).
Anunciada na terça-feira, a trégua é um passo importante para pôr fim a quase 14 meses de combates desencadeados pela guerra em curso em Gaza entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas.
Não houve relatos imediatos de alegadas violações à trégua, e houve sinais de celebração em Beirute. Israel prometeu que vai atacar se o Hezbollah violar o acordo.
O cessar-fogo prevê uma interrupção inicial de dois meses dos combates e exige que o Hezbollah ponha termo à presença armada no sul do Líbano, enquanto as tropas israelitas devem regressar ao outro lado da fronteira.
Milhares de tropas libanesas adicionais e forças de manutenção da paz da ONU vão ser destacadas para o sul e um painel internacional vai controlar o cumprimento do acordo.
O exército libanês anunciou hoje que tomou "as medidas necessárias" para se reposicionar no sul do país, onde está em vigor um cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah.
"Na sequência da entrada em vigor do cessar-fogo, o exército está a tomar as medidas necessárias para completar o seu destacamento no sul do Líbano", afirmaram as forças armadas em comunicado.
O exército pediu ainda aos deslocados para não regressarem às zonas da linha da frente antes da retirada do exército israelita.
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