A informação consta de um despacho do Ministério Público (MP), com data de 21 deste mês, a que a Lusa teve hoje acesso e que marca o início do julgamento para 02 de dezembro, sem que se saiba ainda a quem pertencia a droga.
O MP solicita ao Ministério dos Negócios Estrangeiros guineense no sentido de designar um intérprete oficial para que acompanhe as audiências de julgamento, já que quatro dos indiciados não se expressam em português, refere-se ainda no despacho.
Os detidos são dois cidadãos do México, um colombiano, um cidadão do Equador e um do Brasil. O MP acusa-os de "tráfico internacional de estupefacientes, associação criminosa e aterragem irregular de uma aeronave no aeroporto" internacional Osvaldo Vieira.
Os acusados estão em prisão preventiva há mais de dois meses, desde a descoberta da droga no avião que aterrou no aeroporto internacional Osvaldo Vieira, na capital guineense.
O Ministério Público ainda requereu a presença nas sessões de julgamento de oito pessoas, sete cidadãos da Guiné-Bissau, e um estrangeiro, na qualidade de testemunhas.
Fonte judicial ligada ao processo indicou à Lusa que os cinco indiciados "não quiseram prestar declarações" durante a fase das investigações e as autoridades "ainda não conseguiram descobrir quem é, de facto, o dono da droga".
A Polícia Judiciaria (PJ) guineense informou que o avião, que aterrou em Bissau no dia 07 de setembro, era oriundo da Venezuela, embora as autoridades daquele país tenham refutado a alegação, salientando que o aparelho "nunca tinha pisado o solo Venezuelano".
O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, afirmou, em diversas ocasiões, que o aparelho será vendido e as receitas serão revertidas para os cofres públicos do país.
A PJ procedeu, em 19 de setembro, na localidade de Safim, perto de Bissau, à incineração da droga.
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