Zelensky sugere acabar com a guerra em troca de adesão à NATO

Informação foi avançada numa entrevista à imprensa britânica. Objetivo é reaver o território ocupado de "forma diplomática".

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© Getty Images/ Viktor Kovalchuk/Global Images Ukraine

Notícias ao Minuto
29/11/2024 18:36 ‧ há 3 horas por Notícias ao Minuto

Mundo

Ucrânia/Rússia

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, admitiu, esta sexta-feira, chegar a um acordo para um cessar-fogo com a Rússia sem a devolução do território ocupado, pelo menos para já, em troca da adesão à NATO.

 

Em entrevista à Sky News, Zelensky sugeriu que seria possível chegar a acordo se o território ucraniano que Kyiv controla fosse colocado "sob a alçada da NATO", o que lhe permitiria negociar a devolução do restante território "de forma diplomática".

Esta posição do presidente da Ucrânia surgiu em comentário às notícias que dão conta de que um dos planos do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, para pôr fim à guerra, é a cedência do território ucraniano ocupado por Moscovo em troca da adesão à NATO.

Desta forma, o chefe de Estado ucraniano disse que a adesão à Aliança teria de ser oferecida às partes desocupadas do país para pôr fim à "fase quente da guerra",  mas com o convite da NATO a constatar as fronteiras internacionalmente reconhecidas da Ucrânia. 

"Se quisermos parar a fase quente da guerra, temos de colocar sob a alçada da NATO o território da Ucrânia que temos sob o nosso controlo", disse. 

"Temos de o fazer rapidamente. E depois, no território [ocupado] da Ucrânia, a Ucrânia pode recuperá-los de forma diplomática", adiantou. 

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após a desagregação da antiga União Soviética - e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.

A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kyiv têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.

[Notícia atualizada às 18h48]

Leia Também: Rússia recupera corpos de 52 militares mortos em combate

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