"Seria um erro, nesta fase, tentar explicar os acontecimentos na Síria argumentando interferência estrangeira", afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Hakan Fidan, numa conferência de imprensa em Ancara com o homólogo iraniano, Abbas Araghchi.
De acordo com Hakan Fidan, a "falta de diálogo entre o regime e a oposição levou o problema a este ponto", referindo-se à tomada da cidade de Aleppo por forças islâmicas.
"Os recentes desenvolvimentos mostram mais uma vez que Damasco deve chegar a um compromisso com o próprio povo e com a oposição", acrescentou Hakan Fidan.
"Não queremos que a guerra civil continue a agravar-se", acrescentou o chefe da diplomacia turca, que já tinha afirmado no domingo que Ancara apoiava os esforços para "reduzir a tensão" na Síria.
A posição foi transmitida durante um contacto telefónico com o secretário de Estado norte-americano Antony Blinken.
O Presidente sírio, Bashar al-Assad, afirmou hoje que a ofensiva dos radicais islâmicos no norte da Síria tem como objetivo "redesenhar o mapa" do Médio Oriente.
Anteriormente, num outro contacto telefónico com o homólogo iraniano, Massoud Pezeshkian, Assad afirmou que "a escalada terrorista" tinha como objetivo "tentar dividir a região, desmoronar os Estados e redesenhar o mapa da região de acordo com os interesses e objetivos da América e do Ocidente".
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