Kyiv insiste que única garantia real de segurança é adesão plena à NATO

A única garantia real de segurança para a Ucrânia é a adesão plena à NATO, insistiu hoje a diplomacia ucraniana, no dia em que se reúnem em Bruxelas os ministros dos Negócios Estrangeiros da Aliança.

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© Leon Neal/Getty Images

Lusa
03/12/2024 08:58 ‧ ontem por Lusa

Mundo

Ucrânia/Rússia

"Estamos convencidos de que a única garantia real de segurança para a Ucrânia é a adesão plena da Ucrânia à NATO", referiu a diplomacia ucraniana em comunicado.

 

Na mesma nota é considerado que a adesão à NATO pode ter, também, um efeito "dissuasor".

"A adesão à NATO pode ser um elemento dissuasor contra futuras agressões russas contra a Ucrânia e outros Estados", lê-se no comunicado.

Os ministros dos Negócios Estrangeiros da NATO reúnem-se hoje no quartel-general da Aliança Atlântica, em Bruxelas, para discutir os últimos desenvolvimentos no conflito na Ucrânia, marcados por uma intensificação das manobras russas e o envolvimento de tropas norte-coreanas.

Portugal está representado na reunião pelo ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel.

Os governantes com a pasta da diplomacia da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) vão abordar os últimos desenvolvimentos da invasão russa da Ucrânia, mais de mil dias depois do início da ocupação de grandes porções do território ucraniano.

Os ministros deverão abordar uma carta enviada pela Ucrânia à NATO a pedir um convite formal para aderir à Aliança Atlântica.

A carta, consultada por 'media' internacionais na semana passada, assinada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Andrii Sybiha, pedia um convite para aderir à organização político-militar, um passo que faz parte do "plano para a vitória" do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

"O convite não deve ser visto como uma escalada [do conflito]", escreveu o governante.

Também na semana passada, numa entrevista à estação televisiva britânica Sky News, Zelensky afirmou que aceitaria um acordo de cessar-fogo, mesmo sem a devolução imediata dos territórios ocupados, em troca da adesão à NATO.

No domingo, em Kyiv, no dia em que assumiu funções, a nova chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Kaja Kallas, defendeu que "a garantia de segurança mais forte" para proteção da Ucrânia é a adesão à NATO, considerando que cabe às autoridades ucranianas decidir quando e como negociar o cessar-fogo.

"Tenho sido muito clara sobre isto e a garantia de segurança mais forte é a adesão à NATO", declarou a Alta Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança na capital ucraniana.

Ao final da tarde, está prevista uma conferência de imprensa conjunta do secretário-geral da NATO, Mark Rutte, com o ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia.

A guerra iniciada em fevereiro de 2022 registou nas últimas semanas novos desenvolvimentos, com Kyiv a denunciar o envio de milhares de tropas norte-coreanas para a Rússia e com Moscovo a intensificar as suas manobras e retórica, ameaçando o Ocidente com um novo míssil hipersónico.

Leia Também: Washington anuncia ajuda militar adicional de 690 milhões para Kyiv

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