Emmanuel Macron tem acompanhado a crise política à distância, uma vez que se encontrava esta tarde numa visita de Estado de três dias à Arábia Saudita.
Fontes próximas do Eliseu comunicaram à imprensa francesa que Macron já estaria a preparar o sucessor do primeiro-ministro, segundo a Agência EFE.
O governo francês foi hoje censurado por uma moção, a primeira vez que tal acontece em França desde 1962, o que agravará a incerteza política e económica num país-chave da União Europeia (UE).
Ao longo da Quinta República em França, apenas uma moção de censura foi bem sucedida, em 1962. No entanto, este instrumento parlamentar tem servido nos últimos anos como ferramenta de pressão contra o governo e contra o presidente Emmanuel Macron, com dezenas de iniciativas falhadas durante as governações de Elisabeth Borne e Gabriel Attal.
A votação da moção de censura, que decorreu por volta das 19h00 (menos uma hora em Lisboa), resultou na queda do executivo francês, liderado por Michel Barnier, com os blocos da esquerda radical e da extrema-direita União Nacional (RN, sigla em francês), a terem muito mais do que a maioria necessária de votos.
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