Um procurador de Ohio, nos Estados Unidos, está a tentar exonerar quatro homens que, em 1991, foram acusados e condenados pela morte de uma mulher.
Segundo explica a ABC News, os quatro condenados mantiveram ao longo destas décadas a mesma versão: A de que eram inocentes e que não tinham agredido Marsha Blakely até à morte.
"Encontrei graves falhas neste caso que lançam a dúvida", explicou o procurador, J.D. Tomlinson, que passou um mês a rever este caso.
Dois dos homens continuam na prisão, e outros dois estiveram 25 anos atrás das grades, antes de terem liberdade condicional em 2020.
Segundo explicou J.D. Tomlinson no seu pedido para a exoneração, o 'momento Eureka' foi quando reviu a parte em como ficou o apartamento da vítima. De acordo com o que uma testemunha essencial para a condenação destes homens disse, o apartamento onde a vítima morreu teria ficado destruído e com mesas e cadeiras fora do lugar, que teriam sido usadas para a agressão.
Vendo as fotografias do processo, o procurador percebeu que o mobiliário estava no local, e que não havia manchas de sangue na mesma.
Ainda segundo o procurador, a testemunha em causa teria pedido dinheiro para falar sobre o assunto, e, em 2004, a mesma acabou por confessar ao FBI que mentiu.
A condenação "baseou-se no testemunho de um homem que tentou extorquir a acusação", reforçou o procurador.
Um dos homens condenados, Alfred Cleveland, já tinha dito que, na altura, estava em Nova Iorque. Na alturar, foi ouvida uma testemunha que conseguia comprovar que não estava no local do crime, em Cleveland, no Ohio. "É de partir o coração quantas oportunidades houve para para esta acusação", referiu.
O procurador vai agora entregar uma recomendação para que os homens sejam libertados.
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