Em comunicado, o eurodeputado Bernd Lange, socialista e presidente da Comissão para o Comércio Internacional do PE, considerou que o acordo entre a União Europeia e o Mercosul, esperado para sexta-feira, é "uma luz de esperança" para o bloco político-económico do qual Portugal faz parte.
"Não só vai criar mais oportunidades de exportação, como também vai alavancar as nossas relações político-económicas com os países do Mercosul", acrescentou.
Na eventualidade de ser concluído entre a Comissão Europeia e os países daquela região do continente americano, o PE terá de "fazer uma avaliação do acordo e rever o documento à luz do compromisso com a sustentabilidade e direitos laborais", disse Bernd Lange.
Em simultâneo, o acordo tem de acautelar contributos para inverter a tendência de desflorestação e o agravamento das alterações climáticas.
"A razão deve prevalecer em relação à emoção", advertiu o eurodeputado, reconhecendo que o acordo "pode não corresponder às ambições e expectativas de todos", mas é melhor do que não haver acordo.
Já o principal relator do PE para este acordo, Gabriel Mato, do centro-direita, considerou que a conclusão do acordo, a acontecer, "vai ser histórica, reforçando os laços entre as duas regiões".
"Foi uma longa jornada que culminaria num acordo que teria consequências para mais de 700 milhões de pessoas e também demonstraria a capacidade da União Europeia de criar um comércio global sustentável e baseado em regras", completou.
A remoção de cerca de 91% dos encargos alfandegários é uma "oportunidade sem precedentes" para a União Europeia, beneficiando os setores "automóvel, farmacêutico e a agricultura", considerou Gabriel Mato.
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