PM australiano culpa antissemitismo pelo incêndio que danificou sinagoga

O primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, condenou o ataque que provocou muitos danos hoje numa sinagoga em Melbourne, classificando o atentando como antissemita.

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© Tracey Nearmy/Getty Images

Lusa
06/12/2024 12:49 ‧ 06/12/2024 por Lusa

Mundo

Melbourne

"Este foi um incidente chocante que deve ser inequivocamente condenado. Não há lugar na Austrália para um ultraje como este", disse Albanese aos jornalistas.

 

"Atacar um local de culto é um ataque aos valores australianos. Atacar uma sinagoga é um ato de antissemitismo, é atacar o direito que todos os australianos deveriam ter de praticar a sua fé na paz e em segurança", acrescentou.

O incêndio na sinagoga Adass Israel é uma escalada dos ataques direcionados que têm acontecido na Austrália desde o início da guerra entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas, que teve início em outubro de 2023, na Faixa de Gaza.

Carros e edifícios foram vandalizados e incendiados por toda a Austrália em protestos contra a guerra.

Uma testemunha que foi à sinagoga para rezar viu dois homens mascarados a espalhar um acelerador líquido com vassouras dentro do edifício no início da manhã de hoje, disseram as autoridades.

Cerca de 60 bombeiros com 17 camiões de bombeiros responderam ao incêndio, que a polícia disse ter causado grandes danos.

O Presidente israelita, Isaac Herzog, falou hoje de manhã com o presidente da Federação Sionista da Austrália, Jeremy Liebler, para condenar o incêndio provocado contra uma sinagoga em Melbourne esta madrugada, que causou um ferido.

"Apelo aos líderes na Austrália e em todo o mundo a condenar com força este vil ato de terror e a combater o intolerável auge do racismo antisemita em todo o mundo", disse Herzog, em comunicado.

O ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, Gideon Saar, classificou o ataque à sinagoga como "abominável", numa mensagem publicada na rede social X.

"O antissemitismo deve ser confrontado implacavelmente. Peço às autoridades australianas que atuem rapidamente e garantam que os perpetradores desprezíveis são levados à justiça", disse Saar.

Uma lei federal proibiu em janeiro a saudação nazi e a exibição pública de símbolos nazis em resposta ao crescente antissemitismo.

O Governo australiano nomeou este ano assessores especiais para combater o antissemitismo e a islamofobia na comunidade.

A primeira-ministra do estado australiano de Victoria, Jacinta Allan, observou, num comunicado, que a sinagoga foi "construída por sobreviventes do Holocausto".

Muitos dos fiéis originais da sinagoga eram imigrantes da Hungria do pós-Segunda Guerra Mundial.

Allan ofereceu 100.000 dólares australianos (64.300 dólares) para ajudar a reparar a sinagoga e disse que haveria um aumento da presença policial na área.

"Todos os recursos disponíveis serão utilizados para encontrar estes criminosos que tentaram destruir uma comunidade. Somos contra o antissemitismo agora e sempre", disse Allan.

Daniel Aghion, presidente do Conselho Executivo dos Judeus Australianos, disse que a comunidade australiana em geral precisa condenar o ataque criminoso.

"Recebi telefonemas esta manhã da comunidade hindu, de outras pessoas, de pessoas boas que estão preparadas para se levantar e essa é a minha mensagem para a Austrália, para o bom povo da Austrália", disse Aghion aos jornalistas.

"Não deixem o povo judeu para trás. Não nos isolem. Não nos deixem expostos ao risco de ataques às nossas instituições religiosas, às nossas instituições comunitárias. Fiquem connosco. Fiquem contra este ódio. E oponham-se a este tipo de ataque horrendo que não deveria ocorrer em solo australiano", acrescentou Aghion.

Leia Também: Polícia investiga incêndio em sinagoga de Melbourne

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