Aquelas instituições continuam sob controlo do ex-primeiro-ministro sírio até a uma "passagem oficial" do poder, indicou.
"A todas as forças militares na cidade de Damasco, é totalmente proibido aproximarem-se das instituições públicas, que vão ficar sob o controlo do antigo primeiro-ministro até à passagem oficial", indicou em comunicado Abu Mohammad al-Jolani, que começou a usar o nome verdadeiro Ahmed al-Chareh.
O comunicado foi difundido na plataforma Telegram pela coligação rebelde.
Por seu lado, o primeiro-ministro sírio disse estar pronto "para cooperar" com "a nova liderança" escolhida pelo povo, precisando que ia estar esta manhã (hora local) na sede do governo para qualquer procedimento "de passagem" do poder.
"Este país pode ser um país normal, [pode] construir boas relações com os vizinhos e o mundo (...) mas esta questão caberá à liderança que o povo sírio escolher. Estamos prontos a cooperar" de todas as formas possíveis, indicou Mohamed al-Jalali, num vídeo publicado na rede social Facebook.
Antes, as forças rebeldes na Síria anunciaram "a fuga do tirano", o presidente Bashar al-Assad, depois de terem tomado Damasco.
"O tirano Bashar al-Assad fugiu (...) proclamamos a cidade de Damasco livre", anunciou a coligação.
"Depois de 50 anos de opressão sob o poder do [partido] Baas, e 13 anos de crimes, de tirania e de deslocações [forçadas] (...) anunciamos hoje o fim deste período negro e o início de uma nova era para a Síria", acrescentou.
Ao mesmo tempo, a coligação pediu aos sírios deslocados no estrangeiro que regressem à "Síria livre".
Também o diretor da organização não-governamental Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), Rami Abdel Rahmane, avançou que Al-Assad tinha deixado o país.
O OSDH, com sede em Londres e uma vasta rede de informadores na Síria, acrescentou que "Assad deixou a Síria [e saiu] pelo aeroporto de Damasco, antes da retirada dos membros das forças armadas e de segurança" do local.
A organização indicou ainda que, face ao avanço das forças rebeldes, uma ordem de retirada para abandonar o aeroporto da capital síria foi dada ao exército e às forças de segurança.
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