Numa entrevista na televisão estatal iraniana, Araghchi assegurou que o Governo sírio "nunca pediu ajuda" a nível militar, mostrando-se surpreendido com a "rapidez da ofensiva rebelde", bem como com a "incapacidade de resposta" do Exército sírio.
Abbas Araghchi admitiu ainda preocupações com a "possibilidade de uma guerra civil, de desintegração da Síria, colapso total e transformação do país num abrigo para terroristas".
Os rebeldes declararam hoje Damasco 'livre' do Presidente Bashar al-Assad, após 12 dias de ofensiva de uma coligação liderada pelo grupo islâmico Organização de Libertação do Levante (Hayat Tahrir al Sham ou HTS, em árabe), juntamente com outras fações apoiadas pela Turquia, derrubar o governo sírio.
O Presidente sírio, que esteve no poder 24 anos, deixou o país perante a ofensiva rebelde e asilou-se na Rússia, segundo as agências de notícias russas TASS e Ria Novost.
Rússia, China e Irão manifestaram preocupação pelo fim do regime, enquanto a maioria dos países ocidentais e árabes se mostrou satisfeita por Damasco deixar de estar nas mãos do clã Assad.
No poder há mais de meio século na Síria, o partido Baath foi, para muitos sírios, um símbolo de repressão, iniciada em 1970 com a chegada ao poder, através de um golpe de Estado, de Hafez al-Assad, pai de Bashar, que liderou o país até morrer, em 2000.
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