Os 54 soldados foram detidos no deserto da província de Homs por 'jihadistas' do EI enquanto "fugiam (...) durante a queda do regime de Bashar al-Assad", disse o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, especificando que o EI os executou a todos.
Depois de conquistar grandes áreas na Síria e no Iraque em 2014, nas quais proclamou um Califado, o EI sofreu sucessivas derrotas até ser eliminado, em 2019, na Síria.
Os combatentes que se retiraram para o vasto deserto sírio, no entanto, continuaram a realizar ataques sangrentos contra civis, forças governamentais e forças curdas.
Na segunda-feira, os Estados Unidos disseram estar empenhado em não deixar o EI reconstituir-se na Síria, após a captura da capital Damasco, no dia anterior, por rebeldes liderados pelos islamitas de Hayat Tahrir al-Sham (HTS), que levou à queda do Presidente Bashar al-Assad.
Alguns especialistas temem que o EI aproveite a fase de transição na Síria para se reconstituir no deserto.
O Observatório Sírio para os Direitos Humanos - com sede no Reino Unido, mas que conta com uma vasta rede de fontes na Síria - reportou pouca resistência durante a ofensiva rebelde, por parte das forças governamentais, que estavam exaustas após anos de conflito, em certas zonas do país.
Os rebeldes declararam a 08 de dezembro Damasco 'livre' do Presidente Bashar al-Assad, após 12 dias de uma ofensiva de uma coligação liderada pelo grupo islamita Organização de Libertação do Levante (Hayat Tahrir al-Sham ou HTS, em árabe), juntamente com outras fações apoiadas pela Turquia, para derrubar o regime sírio.
Perante a ofensiva rebelde, Assad, que esteve no poder 24 anos, abandonou o país e asilou-se na Rússia.
No poder há mais de meio século na Síria, o partido Baas foi, para muitos sírios, um símbolo de repressão, iniciada em 1970 com a chegada ao poder, através de um golpe de Estado, de Hafez al-Assad, pai de Bashar, que liderou o país até morrer, em 2000.
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