O ataque com mísseis ocorreu hoje ao início da tarde e afetou "infraestruturas civis" no centro de Zaporíjia, disse o governador regional, Ivan Fedorov, na rede social Telegram.
Dezasseis pessoas, nove mulheres e sete homens, ficaram feridas, de acordo com um relatório da polícia.
Segundo o governador, podem estar ainda presas seis pessoas debaixo dos escombros.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, condenou o "ataque brutal" das forças russas, que também danificaram um edifício de escritórios e outros edifícios.
Zelensky apelou novamente ao Ocidente para fornecer mais sistemas de defesa aérea, incluindo sistemas antiaéreos sofisticados, como os 'Patriot', de fabrico norte-americano, de forma a salvar "milhares de vidas" do "terror russo".
"O mundo tem sistemas suficientes para o fazer. A questão depende inteiramente de decisões políticas", defendeu o Presidente ucraniano.
Os especialistas militares ucranianos consideram que o exército russo poderá estar a preparar uma nova ofensiva terrestre na frente sul, em especial na região de Zaporíjia, onde as posições se mantêm praticamente inalteradas há meses.
Tal ataque seria um desafio para o exército ucraniano, que já está a lutar na frente oriental e está envolvido na região fronteiriça russa de Kursk, da qual ocupa uma pequena parte.
As autoridades ucranianas já tinham informado hoje de manhã que três pessoas haviam sido mortas e pelo menos 17 tinham ficado feridas nas últimas 24 horas em bombardeamentos russos nas regiões de Donetsk (leste) e Kherson (sul).
Já morreram dezenas de milhares de pessoas em ambos os lados desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos russos em grande escala contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kyiv têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.
Apesar da ajuda financeira e armamento dos aliados ocidentais, as Forças Armadas ucranianas confrontam-se com falta de soldados, de armamento e munições.
Os aliados de Kyiv têm também decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.
As negociações entre as duas partes estão completamente bloqueadas desde a primavera de 2022, com Moscovo a continuar a exigir que a Ucrânia aceite a anexação de uma parte do seu território, e a rejeitar negociar enquanto as forças ucranianas controlem a região russa de Kursk, parcialmente ocupada em agosto.
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