Assad fugiu depois de Moscovo ter recusado pedido para criar mini-estado

O Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) revelou hoje que o ex-presidente da Síria, Bashar al-Assad, fugiu do país depois de Moscovo lhe ter rejeitado um pedido para criar um "mini-estado" na costa mediterrânica síria.

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Lusa
11/12/2024 13:13 ‧ há 8 horas por Lusa

Mundo

Síria

Citando "fontes fiáveis", a organização com sede no Reino Unido que dispõe de uma vasta rede de informadores na Síria, disse que a Rússia, principal aliado do presidente deposto, alegou que o pedido de Assad iria dividir a Síria.

 

A organização não especificou a cidade onde o ex-líder esperava criar o "mini-estado", embora se acredite que fosse Latakia e Tartus, onde a comunidade alauita, à qual pertence a família Assad, é maioritária, segundo a agência espanhola EFE.

A Rússia tem uma base naval em Tartus e uma base aérea em Latakia.

O OSDH disse que Assad esperava que o Irão, outro grande aliado do regime derrubado pelos rebeldes no domingo, o apoiasse "na guerra contra o seu povo".

"Mas as milícias iranianas abandonaram-no após a batalha de Alepo, tal como os russos (...) após a derrota das forças do antigo regime em Hama", acrescentou, referindo-se às primeiras vitórias militares dos rebeldes.

Bashar al-Assad fugiu com a família no domingo e pediu asilo político na Rússia, depois de uma coligação de rebeldes ter conseguido tomar Damasco e anunciado o fim de cinco décadas de poder da família do ex-presidente.

A coligação vitoriosa é liderada pela Organização Islâmica de Libertação do Levante (Hayat Tahrir al Sham, ou HTS, em árabe) e inclui fações pró-turcas.

Os rebeldes lançaram uma ofensiva relâmpago em 27 de novembro a partir da cidade de Idlib, um bastião da oposição, e conseguiu expulsar em poucos dias o exército de Assad das capitais provinciais de Alepo, Hama e Homs, abrindo caminho para Damasco.

Leia Também: Embaixada do Qatar em Damasco reabrirá "em breve"

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