G7 apoia uma governação "credível, inclusiva e não sectária" na Síria

Os líderes do G7 garantiram hoje que apoiarão "plenamente" um futuro governo sírio, desde que o processo de transição na sequência do derrube do regime de Bashar al-Assad seja no sentido de "uma governação credível, inclusiva e não sectária".

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Lusa
12/12/2024 13:26 ‧ há 2 horas por Lusa

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Síria

 "Nós, os líderes do Grupo dos Sete (G7), reafirmamos o nosso empenhamento para com o povo da Síria e damos o nosso pleno apoio a um processo de transição política inclusivo, liderado pela Síria e detido por este país", lê-se numa declaração hoje adotada pelos líderes de Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, e divulgada pela presidência italiana deste grupo informal.

 

Apelando a todas as partes "para que preservem a integridade territorial e a unidade nacional da Síria e respeitem a sua independência e soberania", os líderes do grupo que reúne as sete democracias mais industrializadas do mundo dizem-se "prontos a apoiar um processo de transição neste quadro que conduza a uma governação credível, inclusiva e não sectária, que garanta o respeito pelo Estado de direito, os direitos humanos universais, incluindo os direitos das mulheres, a proteção de todos os sírios, incluindo as minorias religiosas e étnicas, a transparência e a responsabilização".

"O G7 trabalhará e apoiará plenamente um futuro governo sírio que respeite essas normas e os resultados desse processo", asseguram.

Na declaração hoje adotada, o G7 sublinha também "a importância de responsabilizar o regime de Assad pelos seus crimes" e adianta que continuará a trabalhar com outros parceiros "para garantir, declarar e destruir os restantes arsenais de armas químicas da Síria".

"Após décadas de atrocidades cometidas pelo regime de Assad, estamos ao lado do povo da Síria e denunciamos o terrorismo e o extremismo violento em todas as suas formas. Esperamos que qualquer pessoa que procure um papel no governo da Síria demonstre um compromisso com os direitos de todos os sírios, evite o colapso das instituições do Estado, trabalhe na recuperação e reabilitação do país e garanta as condições para o regresso voluntário, seguro e digno à Síria de todos aqueles que foram forçados a fugir do país", conclui o comunicado.

Em 27 de novembro, uma coligação de grupos da oposição liderados pela organização radical islâmica Hayat Tahrir al-Sham (HTS) lançou uma ofensiva relâmpago e conquistou vastos territórios em cerca de 10 dias, antes de entrar na cidade de Damasco, pondo fim, no passado domingo, ao regime da família al-Assad.

Para sexta-feira, está prevista uma reunião por videoconferência dos chefes de Estado e de Governo do G7, na qual será analisada a situação na Síria, mas também no Médio Oriente e na Ucrânia.

Esta reunião estava já prevista ainda antes da mudança de poder na Síria, pois constituirá também o momento de passagem de testemunho da presidência rotativa do G7, que a partir de 01 de janeiro passa a ser exercida pelo Canadá, até final de 2025.

Leia Também: Síria: Novo governo vai "congelar" Constituição e Parlamento por 3 meses

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